
Muito além da sala de aula, a disciplina de Estudos Urbanos, do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unesc, leva os estudantes a compreenderem, na prática, o verdadeiro papel social do arquiteto. Exemplo disso é a experiência vivida no município de Nova Veneza, onde eles puderam interagir com diferentes setores e agentes locais para conhecer de perto as demandas reais da cidade.
Para a coordenadora do curso, Aline Eyng Savi, a vivência é fundamental na formação integral dos futuros profissionais. “A curricularização da Extensão representa uma estratégia essencial, pois articula o conhecimento técnico-científico com as necessidades concretas da sociedade. Isso permite que os estudantes vivenciem experiências práticas, inserindo-se em contextos reais e atuando diretamente junto às comunidades”, explica.
Durante a visita técnica guiada pela Administração Municipal de Nova Veneza, os acadêmicos conheceram projetos em andamento, desafios urbanos e demandas da população. “Essa interação proporcionou uma rica troca de saberes e experiências, que permitem que os projetos elaborados estejam alinhados com as necessidades e aspirações da população local”, cita Aline.
Para os acadêmicos, o aprendizado extrapolou os conteúdos curriculares ao despertar um olhar sensível e crítico sobre o impacto de suas futuras atuações. “É neste contato com a realidade que eles desenvolvem competências profissionais, éticas e sociais, compreendendo que a Arquitetura e o Urbanismo existem para melhorar a vida das pessoas”, completa.
Disciplina promove análise crítica e propostas para o município
A professora Rúbia Carminati Peterson, que leciona a disciplina de Planejamento e Gestão Urbana na sexta fase, detalha o trabalho desenvolvido pelos estudantes em Nova Veneza. “É uma disciplina curricularizada junto ao Conselho de Arquitetura e Urbanismo. Nós desenvolvemos um projeto em parceria com a Secretaria Municipal de Planejamento, que analisou a área central. Com base nas diretrizes do Estatuto da Cidade, os acadêmicos estudaram os usos do solo, alturas, gabaritos, mobilidade, acessibilidade, entre outros critérios”, explica.
“Eles analisaram áreas vazias, fizeram propostas de ligação desses espaços, sugeriram retrofits e até utilizaram a lei do retrofit de Criciúma como referência para melhorar a infraestrutura e a ocupação de Nova Veneza. Foi um trabalho bem bacana, que integra teoria e prática e mostra aos alunos a importância do planejamento urbano para a qualidade de vida das pessoas”, acrescenta.