
Com uma trajetória de 10 anos de conhecimento compartilhado, o Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioeconômico (PPGDS) Unesc inicia a comemoração desta primeira década com a aula magna do professor catedrático de História Contemporânea da Universidad de Alicante, Espanha, Francisco Sevillano Calero. O encontro teve com o tema: “Transformaciones recientes en el mundo del trabajo en España”.
A aula, realizada na manhã desta terça-feira (29/4) no Auditório Edson Rodrigues, marca o fim de uma visita de 10 dias do palestrante e da professora da área de Teoria e História da Educação, María Luisa Rico Gómez, à Unesc e ao Sul de Cantarina. Eles estiveram em Criciúma para fortalecer a parceria acadêmica por meio do acordo de cooperação internacional (Cotutela), que oferece ao mestrando ou doutorando a possibilidade de produzir a tese ou dissertação sob a orientação de dois professores, sendo um da Unesc e outro da Universidade de Alicante.
A pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação, Inovação e Extensão, Gisele Silveira Coelho Lopes, prestigiou a aula e destacou a alegria de rememorar a história do Programa.
“Lembro daquela época em que vocês começaram um processo de incubação desse Programa, ainda quando, em 2014, eu estava na Unidade Acadêmica. No ano seguinte, conseguimos a autorização para início do curso e foi uma grande festa. Parabéns pela coragem de continuar a caminhada, pois sabemos o quanto é desafiadora uma Universidade Comunitária como a nossa, começar do zero este Programa. Teve seus desafios, mas também hoje degustamos do sabor desta conquista coletiva”, relembrou a pró-reitora.
Caminhada profícua
Gisele ainda desejou ao Programa uma caminhada profícua ao PPG. “Entendo que os êxitos acontecem porque nós temos pessoas altamente dedicadas para que essa causa aconteça. É tão bom quando a gente tem um ponto de convergência, professor Francisco e professora Maria Luísa, que é a educação. Ela nos une, não tem fronteiras. Ela nos faz perceber que a gente só está em lugares diferentes, mas defendemos as mesmas causas”, ponderou Gisele.
A pró-reitora agradeceu ainda a todos que uniram esforços em nome da Pesquisa e da Internacionalização. “Muito obrigada por darem as mãos à nossa instituição e continuem conectados conosco, mesmo à distância. A Unesc tem se posicionado muito na internacionalização e isso só acontece porque nós temos pessoas que entenderam esse propósito e a função da internacionalização como uma experiência formativa que agrega valor à formação do estudante, e isso não se faz da noite para o dia. Quero agradecer a todo o corpo docente que fez e faz parte dessa história”, concluiu a vice-reitora eleita.
Na abertura das atividades, o coordenador do PPGDS, Dimas Oliveira Estevam, destacou a importância deste ano de celebrações especiais. “Estamos completando 10 anos de existência do Programa e essa aula magna marca o início das comemorações pela passagem dessa década. É muito rico, especialmente nesta semana do Dia Mundial do Trabalho, no próximo dia 1º de maio, ouvir sobre as questões do trabalho na Espanha. Hoje é um momento de comemoração do Programa, de confraternização e união”, comentou Dimas.
Em 10 anos de existência, 198 acadêmicos já receberam a certificação de mestrado e doutorado, com 169 dissertações defendidas e 29 teses publicadas.
O diretor de Pesquisa e Pós-Graduação Stricto Sensu, Ismael Gonçalves, valorizou a parceria com a instituição espanhola.
“O acordo com a Universidade de Alicante tem dado muitos frutos, sobretudo quando falamos em relação à pesquisa. Já recebemos professores espanhóis e nossos professores já foram para lá também como pesquisadores convidados. Estamos com um movimento de alunos que estão lá, é uma via de mão dupla. A parceria com a Universidade de Alicante brinda esses 10 anos do Programa com uma fala, como essa aula inaugural, que trata de questões contemporâneas da Espanha para que os nossos alunos se conectem com as questões globais. A palestra do professor Francisco abre esse ciclo de 2025 de comemorações do Programa, com uma atividade bastante importante e complexa que trata da internacionalização entre as duas Universidades”, destacou Ismael.
Antes da sua palestra para selar com chave de ouro sua estada em Criciúma, o professor Francisco atendeu gentilmente o repórter Décio Batista da Agência de Comunicação da Unesc para detalhar a sua palestra.
Agecom: – O que o senhor preparou para esta aula?
Professor Francisco: – Hoje abordei o mundo do trabalho na Espanha, concretamente quais são as principais características do mundo laboral espanhol, desde o ponto de vista, sobretudo sociológico, com um pouco da evolução histórica dessa realidade, principalmente pós-pandemia, com as principais medidas de política do trabalho laboral que foram aplicadas nos últimos cinco anos na Espanha, por parte do atual governo para reformar certas anomalias que já existiam anteriormente no mercado do trabalho.
Agecom: O senhor faz um comparativo da Lei do Trabalho no Brasil com a da Espanha?
Professor Francisco: – Faço uma pequena comparação das principais características do mundo do trabalho entre os dois países. Sobretudo para que os alunos e professores brasileiros tenham uma melhor ideia para comparar com a situação atual da Espanha.
Agecom: Existem muito mais diferenças ou semelhanças entre os dois países?
Há mais diferenças. Digamos que hoje em dia o mercado de trabalho e a realidade laboral no Brasil é melhor que na Espanha. Lá, historicamente, há mais de 30 anos se tem um mercado de trabalho precário. Tem muito desemprego, muito desemprego juvenil e também as taxas de desemprego feminino são maiores por lá.
Agecom: – Você abordou também a Legislação Trabalhista?
Professor Francisco: – Sobre a legislação de trabalho, trato principalmente sobre o Estatuto do Trabalhador na Espanha, os antecedentes que permitiram a transição desde a ditadura à transição democrática, sobretudo os direitos de reunião, associação, protestos e greves. Também abordo as duas últimas Leis de Trabalho que tentaram subir o salário mínimo profissional e também assegurar contratos de trabalho a longo prazo, estáveis, que temos na Espanha.
—-
Profesor español imparte clase magistral sobre trabajo para el PPGDS Unesc
Con una trayectoria de 10 años de conocimiento compartido, el Programa de Posgrado en Desarrollo Socioeconómico (PPGDS) Unesc inicia la conmemoración de esta primera década con la clase magistral del profesor catedrático de Historia Contemporánea de la Universidad de Alicante, España, Francisco Sevillano Calero. El encuentro tuvo como tema: “Transformaciones recientes en el mundo del trabajo en España”.
La clase, realizada en la mañana de este martes (29/4) en el Auditorio Edson Rodrigues, marca el fin de una visita de 10 días del ponente y de la profesora del área de Teoría e Historia de la Educación, María Luisa Rico Gómez, a la Unesc y al Sur de Canta. Estuvieron en Criciúma para fortalecer la colaboración académica a través del acuerdo de cooperación internacional (Cotutela), que ofrece al estudiante de máster o doctorado la posibilidad de producir la tesis o disertación bajo la orientación de dos profesores, uno de la Unesc y otro de la Universidad de Alicante.
La vicerrectora de Investigación, Posgrado, Innovación y Extensión, Gisele Silveira Coelho Lopes, asistió a la clase y destacó la alegría de rememorar la historia del Programa.
“Recuerdo aquella época en que ustedes comenzaron un proceso de incubación de este Programa, incluso cuando, en 2014, yo estaba en la Unidad Académica. Al año siguiente, conseguimos la autorización para iniciar el curso y fue una gran fiesta. Enhorabuena por la valentía de continuar el camino, pues sabemos lo desafiante que es para una Universidad Comunitaria como la nuestra, comenzar este Programa desde cero. Tuvo sus desafíos, pero también hoy degustamos del sabor de esta conquista colectiva”, recordó la vicerrectora.
Camino provechoso
Gisele también deseó al Programa un camino provechoso al PPG. “Entiendo que los éxitos ocurren porque tenemos personas altamente dedicadas para que esta causa suceda. Es muy bueno cuando tenemos un punto de convergencia, profesor Francisco y profesora Maria Luisa, que es la educación. Ella nos une, no tiene fronteras. Ella nos hace percibir que solo estamos en lugares diferentes, pero defendemos las mismas causas”, reflexionó Gisele.
La vicerrectora también agradeció a todos los que unieron esfuerzos en nombre de la Investigación y de la Internacionalización. “Muchas gracias por dar la mano a nuestra institución y continúen conectados con nosotros, incluso a la distancia. La Unesc se ha posicionado mucho en la internacionalización y esto solo ocurre porque tenemos personas que entendieron este propósito y la función de la internacionalización como una experiencia formativa que agrega valor a la formación del estudiante, y esto no se hace de la noche a la mañana. Quiero agradecer a todo el cuerpo docente que hizo y forma parte de esta historia”, concluyó la vicerrectora electa.
En la apertura de las actividades, el coordinador del PPGDS, Dimas Oliveira Estevam, destacó la importancia de este año de celebraciones especiales. “Estamos cumpliendo 10 años de existencia del Programa y esta clase magistral marca el inicio de las conmemoraciones por el paso de esta década. Es muy rico, especialmente en esta semana del Día Mundial del Trabajo, el próximo 1 de mayo, escuchar sobre las cuestiones del trabajo en España. Hoy es un momento de conmemoración del Programa, de confraternización y unión”, comentó Dimas.
En 10 años de existencia, 198 académicos ya han recibido la certificación de maestría y doctorado, con 169 disertaciones defendidas y 29 tesis publicadas.
El director de Investigación y Posgrado Stricto Sensu, Ismael Gonçalves, valoró la colaboración con la institución española.
“El acuerdo con la Universidad de Alicante ha dado muchos frutos, sobre todo cuando hablamos en relación con la investigación. Ya hemos recibido profesores españoles y nuestros profesores también han ido allí como investigadores invitados. Estamos con un movimiento de alumnos que están allí, es una vía de doble sentido. La colaboración con la Universidad de Alicante brinda estos 10 años del Programa con una charla, como esta clase inaugural, que trata de cuestiones contemporáneas de España para que nuestros alumnos se conecten con las cuestiones globales. La conferencia del profesor Francisco abre este ciclo de 2025 de celebraciones del Programa, con una actividad muy importante y compleja que trata de la internacionalización entre las dos Universidades”, destacó Ismael.
Antes de su conferencia para sellar con broche de oro su estancia en Criciúma, el profesor Francisco atendió amablemente al reportero Décio Batista de la Agencia de Comunicación de la Unesc para detallar su conferencia.
Agecom: – ¿Qué preparó para esta clase?
Profesor Francisco: – Hoy abordé el mundo del trabajo en España, concretamente cuáles son las principales características del mundo laboral español, desde el punto de vista, sobre todo sociológico, con un poco de la evolución histórica de esta realidad, principalmente pospandemia, con las principales medidas de política laboral que se han aplicado en los últimos cinco años en España, por parte del actual gobierno para reformar ciertas anomalías que ya existían anteriormente en el mercado laboral.
Agecom: ¿Hace una comparativa de la Ley del Trabajo en Brasil con la de España?
Profesor Francisco: – Hago una pequeña comparación de las principales características del mundo del trabajo entre los dos países. Sobre todo para que los alumnos y profesores brasileños tengan una mejor idea para comparar con la situación actual de España.
Agecom: ¿Existen muchas más diferencias o similitudes entre los dos países?
Profesor Francisco: Hay más diferencias. Digamos que hoy en día el mercado de trabajo y la realidad laboral en Brasil es mejor que en España. Allí, históricamente, durante más de 30 años ha habido un mercado laboral precario. Hay mucho desempleo, mucho desempleo juvenil y también las tasas de desempleo femenino son más altas allí.
Agecom: – ¿También abordó la Legislación Laboral?
Profesor Francisco: – Sobre la legislación laboral, trato principalmente sobre el Estatuto del Trabajador en España, los antecedentes que permitieron la transición de la dictadura a la transición democrática, sobre todo los derechos de reunión, asociación, protesta y huelga. También abordo las dos últimas Leyes del Trabajo que intentaron subir el salario mínimo profesional y también asegurar contratos de trabajo a largo plazo, estables, que tenemos en España.