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Estudantes de Pedagogia ressignificam escadaria com instalação artística coletiva

Atividade propôs reflexões sensíveis sobre arte, repertórios culturais e formação docente por meio da linguagem da instalação (Fotos: Divulgação)

Os acadêmicos da primeira fase do Curso de Pedagogia da Unesc protagonizaram uma vivência artística marcante nos corredores da Universidade. Por meio da disciplina Educação e as Linguagens Artísticas, os estudantes desenvolveram uma atividade com o objetivo de refletir sobre o conceito de arte e suas diversas linguagens, estabelecendo conexões entre arte, escola e vida de maneira sensível e coletiva.

A proposta, conduzida pelas professoras Silemar Maria de Medeiros da Silva e Dayane da Silva Rosa, consistiu na construção de uma instalação artística coletiva a partir dos repertórios culturais de cada estudante, ocupando simbolicamente a escadaria próxima à sala de aula.

Para a professora Silemar Maria de Medeiros da Silva, da disciplina educação e as linguagens artísticas, o entendimento da instalação como linguagem artística foi se consolidando à medida que os alunos se envolviam no processo de montagem. “A experiência proporcionou reflexões profundas sobre o que é arte, como ela se manifesta e como pode ser mediadora de vivências formativas potentes para futuros professores”, destaca a docente.

Inspirados por artistas como Antoni Miralda, que utiliza o prato como metáfora da cidade, os acadêmicos atribuíram a esse objeto o significado da identidade docente em construção, composta por fragmentos de experiências sensíveis e estéticas. O artista Arthur Bispo do Rosário, com sua valorização da escrita como elemento essencial, também serviu de guia para a proposta, assim como Marcel Duchamp e Edith Derdyk, que inspiraram a criação de obras baseadas em fios e linhas, simbolizando conexões e entrelaçamentos.

A instalação foi pensada como um espaço de interação com o público, na qual cada prato e cada palavra se tornaram um convite ao diálogo sobre arte, cultura, subjetividade e formação docente. “Produzir arte coletivamente é mover nosso pensamento para as infinitas possibilidades de criar, rever e ressignificar a própria arte, enquanto ressignificamos a própria vida”, lembra Silemar.

Ao longo da atividade, os estudantes foram convidados a apresentar, por escrito, seus repertórios artísticos e culturais, filmes, poesias, músicas, obras visuais e experiências pessoais com a arte, e interpretá-los, aplicando-os sobre pratos decorativos e tiras de papel, que foram posteriormente colados nos degraus da escadaria.

Mais do que um exercício criativo, a ação se configurou como um gesto de apropriação simbólica do espaço universitário e uma manifestação da potência pedagógica da arte. “Acreditar que juntos podemos fazer muitas coisas interessantes e potentes é também acreditar na educação como um caminho que reconstrói sonhos e sentidos”, finaliza a professora.

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