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Dia Internacional da Mulher: momento de voltar olhares às necessidades, conquistas e aos anseios femininos 

Comunidade acadêmica da Unesc aponta defesas, compartilha sentimentos e alegrias vividas pela mulher (Fotos: Agecom/ Unesc)

Viver em uma sociedade na qual padrões estabelecidos desafiam as pessoas a todo momento pode exigir ainda mais força quando o personagem da história é uma mulher. Há gerações na luta por equidade de gênero e respeito, mulheres seguem desbravando novos caminhos para que as exclusões, segregações e tantas outras formas de desrespeito fiquem apenas nos registros do passado. Quem vivencia a rotina da Unesc percebe que no campus a realidade já é diferente e representa inspiração para a sociedade em geral, ao menos é o que dizem as mulheres que circulam diariamente pelas salas de aula e espaços de convivência da Universidade.

Por ter a primeira reitora da Universidade à frente da gestão há oito anos, a Unesc é precursora. Ao longo desse tempo, Luciane Bisognin Ceretta comanda a reitoria e representa não só mulheres, mas toda a comunidade acadêmica. Para ela, liderar o trabalho em uma Instituição tão grandiosa, que há quase 57 anos transforma vidas e a sociedade, sendo a primeira na função, é algo honroso e, é claro, desafiador.

“Atuar em funções de liderança, enquanto mulher, é uma questão de representatividade e transformação social. É evidente que enfrentamos desafios e precisamos nos posicionar cotidianamente para garantir nossos espaços e vozes, mas acredito que temos a força e a expertise para isso e cada vez mais demonstramos na prática esse potencial. Costumo dizer que somos pessoas trabalhando com pessoas, independente de gênero, e espero ser tratada com respeito e credibilidade, da mesma forma que tratamos a todos”, aponta.

De acordo com a reitora, enquanto figuras femininas há décadas batalham para ocupar espaços que até pouco tempo eram majoritariamente masculinos, estão também escrevendo parte da história de transformação e abrindo caminhos para que outras mulheres venham em seguida, fazendo ainda muito mais seja pela educação, pela política ou seja qual for o espaço que ocupem.

“Sei a responsabilidade que tenho em inspirar colegas colaboradoras, professoras e estudantes, já que sigo sendo uma delas também. Se de alguma forma ao longo desse tempo eu puder ter sido exemplo positivo e incentivo a outras mulheres na defesa de seus espaços, de equidade e, principalmente, respeito, sinto que estarei com essa missão cumprida. Trabalho na defesa da educação com toda a minha energia e, da mesma forma, gosto de ser incentivo a outras mulheres em posições de liderança. Precisamos ser trampolim uma para a outra”, completa.

 

O que pensam as mulheres da Unesc

A Agência de Comunicação da Unesc (Agecom) ouviu diferentes perfis pelo campus com o propósito de saber o que pensam algumas das mulheres da Universidade sobre desafios e diferenciais positivos vividos na pele pelo sexo feminino e conselhos que dariam a si mesmas e a outras mulheres.

 

Maria Laura Costa – acadêmica do curso de Pedagogia

“A melhor parte de ser mulher é entender a força que carregamos, a essência e força de lutar pelo que acreditamos e levar o que acreditamos para as pessoas. Saber que contamos umas com as outras é muito bonito. Sempre tem alguém por ti e que, de alguma forma, te inspira”.

 

Janieide do Nascimento – colaboradora do Setor de Apoio Logístico

“O meu grande desafio e satisfação é ser mãe e pai ao mesmo tempo, sendo um porto seguro para o meu filho. Continuei os meus estudos depois de certa idade, mas mesmo assim consegui resgatar o que perdi. Na Unesc, a mulher tem papel de destaque, exemplo é a nossa reitora que é nosso pilar e nos inspira a cada dia”.

 

 Marcela Gava da Silva – diretora do Colégio Unesc

“A Unesc representa na minha vida uma formação enquanto mulher, pois fiz todas as minhas graduações aqui, me constitui enquanto pessoa e ser humano forte. A mulher tem o poder de fazer muitas mudanças com o seu lado sensível. Como conselho à Marcela do passado e a outras mulheres eu diria: não tenha medo, tenha coragem e lute pelo que acredita, independente do que for”. 

 

Paula Tramontim Pavei – coordenadora adjunta do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária

“Temos características de ser multifacetadas, fazemos várias tarefas ao mesmo tempo, sendo mãe, profissional, esposa e conseguimos executar as atividades com maestria. A sensibilidade da mulher também é importante, pois conseguimos olhar o seu entorno, estabelecer maior conexão com as pessoas. Aqui na Unesc sinto que somos inspiradas pelas lideranças. Por termos uma gestão feminina e espaços para as mulheres de forma igualitária, por exemplo cargos de gestão, coordenadorias de cursos e outros espaços, percebo uma representatividade feminina muito forte e isso inspira a sociedade de uma forma geral”.

 

 Larissa de Meira Saraiva Nunes – colaboradora/ recepção reitoria

“A Unesc é um ambiente igualitário, pois hoje vemos mulheres em todos os lugares da Universidade, em diversos cargos. Imagino que daqui a  dez anos nós consigamos ocupar todos os lugares no mundo do trabalho, na política, entre outros segmentos. A melhor parte de ser mulher é o nosso jeito único, a vaidade, o carinho, a empatia”.

 

 

 Maria Eduarda De Mattia Montierre – colaboradora da Biblioteca Central Prof. Eurico Back

“A Unesc é uma Universidade que acolhe as mulheres. Eu que estou fazendo graduação em História, vejo que há bastante inclusão. Sobre ser PCD, percebo que a Unesc é inclusiva e ajuda pessoas como eu a sempre evoluir e melhorar. Apesar de conquistarmos muitas coisas, precisamos de muito mais, e espero que consigamos isso nos próximos dez anos”.

 

 Zoraide Rocha – coordenadora da Clínica Escola de Enfermagem

“Entre os nossos desafios está sermos, ao mesmo tempo, mães, trabalhadoras e termos muitas atividades que precisam ser conciliadas. Como mulher conseguimos ter tempo de qualidade com os filhos e nos dedicar à nossa profissão com muito afinco e inspiração. Vejo que cada vez mais as mulheres ganham espaço, estão independentes e buscam os seus ideais. Enxergo que este espaço para mulheres cresce, é frutífero e positivo. A Unesc abraça e acolhe todas as pessoas da comunidade, aqui temos diversidade de pessoas, o que é positivo. Aqui, encontramos pessoas felizes e bem acolhidas. A Unesc transforma a vida das pessoas respeitando cada uma com o seu perfil, gênero e diversidade”.

 

Vanessa Iribarrem Avena Miranda – professora e pesquisadora do PPGSCol

“Houveram muitos avanços, principalmente na educação e no mundo do trabalho. O principal desafio é tentar conciliar a área profissional com pessoal sem mudar a minha essência”.

 

Luiza De Bitencourt Colombo – acadêmica do curso de Odontologia 

“O maior desafio é sermos ouvidas. Vemos cada vez mais mostrando nosso valor na sociedade e é tão capaz e estamos mostrando nosso valor, apesar das dificuldades. Espero que daqui a dez anos tenhamos conquistado cada vez mais espaço na sociedade, de liderança, por exemplo”, disse.

 

 Maria Fernanda Fraga de Araújo – acadêmica do curso de Direito 

“Ser é saber que sempre podemos superar os desafios. Sabemos o que enfrentamos o dia a dia, mas sabemos de nossa força interior para superar e alcançar os objetivos. O maior desafio, apesar de estarmos em uma sociedade que enfrentamos bastante machismo, é sabermos do nosso valor. Olhar no espelho e ver que temos força e nos valorizar”.

 

Vitória Camilo de Campos – acadêmica do curso de Processos Gerenciais

“Mulheres inspiram outras mulheres com força e resiliência. Entre os desafios, estão os padrões que a sociedade impõe, as barreiras que as mulheres enfrentam. Hoje as mulheres ocupam muitos espaços que não ocupavam antigamente. Acredito que em alguns lugares as mulheres ainda são oprimidas e não têm o devido espaço. Daqui dez anos me enxergo em lugares ainda mais altos. A Unesc abraça os generos”. 

 

Renata Martins de Melo Savi Mondo – acadêmica do curso de Publicidade e Propaganda

“Todas as partes em ser mulher são boas, mas para mim a maternidade é a melhor delas. No trabalho, ainda sofremos muito preconceito, principalmente quando a mulher tem cargo de chefia. Este, para mim, é um dos maiores desafios, mas acredito que já tivemos grandes avanços. A maior luta ainda é o preconceito, ainda estamos em uma sociedade muito masculinizada e precisamos mudar isso. Precisamos ter a  consciência que a mulher é capaz, pois dá conta da casa, da família, do trabalho. Iremos a preencher cada vez mais cargos. Esta é a segunda graduação que faço e isso é possível porque acredito que sou capaz. A Unesc é uma mãe. Não há distinção entre homem e mulher, onde nós nos sentimos amparadas e acolhidas”.

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