Incentivar a criação de hábitos saudáveis desde os primeiros anos de vida. Esse é o objetivo do projeto de Extensão “Culinária Profissional e Segurança Alimentar”, desenvolvido pelo curso de Nutrição da Unesc. Para a efetivação das atividades, a Universidade firmou parceria com o Bairro da Juventude que autoriza a participação de algumas crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Durante as quartas-feiras, meninos e meninas aprenderam a criar o próprio prato de comida por meio de abordagens diversas como a contação de histórias.
Os encontros aconteceram no laboratório do curso de Gastronomia da Unesc e, eventualmente, com a presença de acadêmicas no próprio espaço do Bairro da Juventude. Os conceitos foram aplicados por meio de cinco bolsistas da terceira fase, entre elas a estudante Márcia Cristina de Matos Santos.
“Buscamos desenvolver o contato das crianças com os alimentos, a fim de desenvolver a autonomia individual, como escolher e manusear as opções de comida. Perguntamos a eles, o que não poderia faltar nos sanduíches, por exemplo, e assim foram pontuando os próprios desejos”, explica.
Sobre o projeto
Segundo a coordenadora do projeto, Carolaine Borges, as atividades iniciaram em 2012, mas com o passar do tempo ganhou novos patamares de acordo com a necessidade das instituições contempladas.
“Começamos no Presídio Santa Augusta com as reeducandas da unidade. Na época, nossa meta era formar pessoas aptas a atuarem como manipuladores de alimentos. Quando iniciamos a atividade no Bairro da Juventude, fazíamos treinamentos com as merendeiras, mas percebemos a necessidade de trabalhar a educação alimentar com o público infantil”, relata.
Parceria importante
Segundo a nutricionista responsável por cuidar da alimentação do Bairro da Juventude, Tatiane Magagnin, trata-se de uma parceria muito importante porque a instituição tem grande demanda de estudantes.
“Nós temos esse relacionamento com a Unesc há muito tempo, o que é muito positivo já que atualmente atendemos cerca de 1,6 mil crianças. Neste semestre nossa atuação está em torno da seletividade alimentar, com isso eles conseguem experimentar mais opções”, relata.
Tatiane Magagnin também comentou que, para incentivar o consumo saudável de nutrientes, deve haver também o estímulo por parte dos tutores. “Creio que não adianta oferecer para a criança e não participar. Devido a idade delas, é preciso ter meios lúdicos e saber que pode levar um pouquinho mais de tempo até surgirem os resultados, ou seja, é preciso insistir”, destaca.
