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Projeto da Unesc aponta caminhos para uma indústria plástica mais inovadora, competitiva e sustentável

Em evento realizado nessa sexta–feira (6), Universidade apresentou resultados do Inova Sul. (Fotos: Mayara Cardoso/Agecom/Unesc)

Com apresentações de resultados e direcionamentos para o futuro, focados em sustentabilidade e competitividade, a Unesc entregou na manhã desta sexta-feira (6) a primeira etapa do projeto Inova Sul: Transformando Setores. O trabalho desenvolvido junto ao segmento plástico foi apresentado ao público em evento no Centro de Inovação de Criciúma (CRIO). A iniciativa, fruto de uma parceria entre a Universidade e o Sindicato das Indústrias Plásticas do Sul de Santa Catarina (Sinplasc), visa impulsionar uma nova era para a cadeia de valor – da indústria à reciclagem.

O setor plástico, responsável por gerar R$ 8,5 bilhões em valor adicionado em Santa Catarina em 2022 — sendo R$ 1,48 bilhão provenientes da região Sul —, teve seu panorama analisado pelo Observatório de Desenvolvimento Socioeconômico e Inovação da Unesc. A equipe de pesquisadores, liderada pelos professores Thiago Fabris e Melissa Watanabe, realizou escutas públicas com empresários e lideranças do setor para identificar desafios, oportunidades e uma visão de futuro. A partir disso, foi desenvolvido um diagnóstico detalhado que embasa os resultados apresentados.

O diagnóstico, aprimorado com possibilidades de soluções apontadas com apoio da Agência de Inovação da Unesc, reforça a importância de aproximar o conhecimento científico dos setores econômicos para potencializar inovações. “Ciência tem valor. Esse processo vai continuar a partir do comprometimento de todos, e por isso precisamos tomar iniciativas. A Universidade, o Centro de Inovação, bem como entidades, possuem pessoas e estruturas qualificadas para viabilizar essas ações”, destacou a pró-reitora de Pesquisa, Pós-Graduação, Inovação e Extensão da Unesc, Gisele Coelho Lopes.

Resultados apresentados e ações para o futuro

O Inova Sul, desenvolvido entre agosto e dezembro, envolveu metodologias colaborativas, entrevistas com empresários e uma análise abrangente da cadeia produtiva do plástico. Entre os principais desafios e ações apontados, destacam-se:

Capacitação e retenção de talentos: ações para qualificar profissionais e elevar a produtividade das empresas.
Sustentabilidade ambiental: propostas voltadas à economia circular, como reciclagem e valorização de resíduos.
Inovação em processos e produtos: estratégias para otimizar operações e criar soluções que atendam às demandas de competitividade global.
Automação e eficiência produtiva: incentivos para adoção de tecnologias que eliminem desperdícios e promovam maior eficiência.

Os direcionadores estratégicos apresentados foram apontados como pilares para o crescimento sustentável e competitivo do setor plástico, conforme destacou a gerente da Agência de Inovação da Unesc, Elenice Padoin Juliani Engel. “O grande propósito do Inova Sul está em identificar novas vertentes econômicas para o setor. O mesmo trabalho já vem sendo desenvolvido com a cadeia de valor da mineração, e ao longo de 2025 vamos estender para outros oito segmentos”, afirmou.

Impacto social e ambiental

O setor plástico, com 239 indústrias responsáveis por 8,5 mil empregos na região, é um dos mais relevantes da economia regional. O Inova Sul já apresentou uma conquista obtida, com dois projetos de captação de recursos com dedução de tributos, elaborados pelo Observatório de Desenvolvimento Socioeconômico e de Inovação da Universidade, que, somados, trarão R$ 1 milhão a associações de recicladores de Criciúma. Recursos revertidos sobretudo para aquisição de equipamentos e capacitação técnica. “Os plásticos são mais sustentáveis do que muitas outras alternativas de materiais. Teremos em breve desafios de agenda legislativa e comunicação, mas o setor está comprometido com o desenvolvimento de uma agenda para circularidade e sustentabilidade”, ressaltou o diretor executivo do Sinplasc, Elias Caetano.

Legado do Inova Sul

Para o presidente do Sinplasc, Reginaldo Cechinel, as ações estruturantes propostas pelo Inova Sul preparam as indústrias para os desafios do futuro. “Acreditamos que o plástico inspira negócios, promove a sustentabilidade e a inovação. Juntos, com a colaboração de todos, ficaremos muito mais fortes. Com o apoio da academia, acredito que vamos mais longe”, enfatizou.

O empresário Jefferson Piva Oecksler, sócio da Siderplast, também destacou a importância do movimento para atrair e reter talentos no setor, incentivar a economia circular e quebrar o paradigma de que o plástico é um vilão. “Sem esse material, qualquer substituto geraria um gasto muito maior de outros recursos naturais, energéticos e financeiros. Em um segundo momento, será essencial estender essas discussões com o poder público e a sociedade”, concluiu.

Soluções do ecossistema Unesc em destaque

A jornada de conteúdos no evento contou com apresentações sobre as possibilidades de viabilização de inovações oferecidas no ecossistema de inovação da Unesc. Cases de sucesso demonstraram os benefícios das conexões entre empresas e o saber acadêmico.

“Em nossas pesquisas, apuramos uma projeção de que, até 2060, o consumo de plásticos deve praticamente dobrar em nível global, claro que por meio de outros processos produtivos. Em países desenvolvidos, como a Alemanha, legislações específicas geraram investimentos em tecnologias mais avançadas e sustentáveis. Seguir essa tendência no Brasil exige aproximação com o conhecimento intelectual das universidades”, destacou Thiago Fabris, coordenador do Observatório de Desenvolvimento Socioeconômico e Inovação da Unesc.

Texto: João Pedro Alves/Alfa Comunicação

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