Uma detetive que permite mesclar lições de Artes e de Inglês, conferindo aprendizado multidisciplinar e cativando a curiosidade das crianças. Essa é a síntese de mais uma atividade que faz a diferença para os estudantes das séries iniciais do Ensino Fundamental do Colégio Unesc. Na última semana, a visita da detetive Tarsila encheu a meninada de boas lições, muitas dicas e aguçou a veia investigativa dos alunos. A atividade fez parte de uma conexão das aulas de Artes e Inglês do colégio com o apoio da Sala Edi Balod, espaço de exposições de arte e cultura da Universidade.
No fim das contas, a motivação inicial da abordagem foi alcançada: permitir aos estudantes reconhecer e compreender a importância dos museus para a história, em especial a história da arte. Além dos pequenos conhecerem o museu da Casa Candido Portinari e do Louvre de forma virtual, eles ainda foram desafiados a usar a criatividade e imaginar como seria uma exposição montada por eles em um museu, colocando objetivos por meio de desenhos.
A atividade foi proposta pela professora Sinara Tomazia Cardoso, responsável pelas aulas de Artes das turmas do 1º e 2º ano. “E partiu de toda uma contextualização sobre a importância da história dos museus. Para isso, as crianças assistiram ao vídeo sobre a reflexão dessa questão e, na sequência, visitaram os museus de forma virtual”, explicou a professora Wânia Inácio da Silva Ramos, coordenadora pedagógica do Ensino Fundamental do Colégio Unesc.
Detetive Tarsila
Como parte da programação, a professora Sinara, caracterizada como detetive Tarsila, entregou binóculos para os pequenos verem uma exposição para preparar conteúdo sobre os museus. Para isso, ela colocou pistas em diversos locais do colégio.
Essas pistas tiveram a contribuição da professora Caroline Almeida que inseriu o bilinguismo à prática, trabalhando as pistas em inglês. “Com o auxílio da teacher e da detetive, os alunos conseguiram encontrar as pistas que estavam espalhadas em vários pontos do colégio”, referiu a professora Wânia. Depois de encontradas as pistas, os alunos interagiam com a professora Daniele Zacarão, curadora da Sala Edi Balod.
Em um bate papo bem descontraído, os pequenos tiraram muitas dúvidas sobre os museus. “A atividade foi muito significativa, pois na prática as crianças aprenderam que existem museus em todos os lugares e de diferentes segmentos”, enfatizou a professora Wânia.
A professora Sinara mencionou que a intenção, com a atividade, foi aproximar os alunos desses espaços expositivos, além de valorizar as exposições na Universidade, na cidade e no mundo. “Foi muito significativo, e o aluno se tornou protagonista porque a detetive veio fazer a mediação junto com a professora. Eles tiveram que ir em busca, decifrar as pistas, além de tirarem as suas dúvidas”, comentou.
Haverá uma próxima etapa da programação, na qual os alunos organizaram uma exposição. “Cada um recebeu um binóculo feito de papel. Na lente, eles vão poder desenhar o que eles mais gostaram de ver e como seria feita uma exposição, na visão deles”, destacou Sinara.
Os museus referência
A atividade no Colégio Unesc elegeu como referência dois museus de relevância internacional. O Museu Casa de Portinari, instituição da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, representa a forte ligação do artista com sua terra natal, origens e laços familiares. É o local onde ele realizou suas experiências com pinturas murais e se aprofundou na técnica ao passar dos anos.
O Louvre, localizado na França, é o maior museu de arte do mundo. Nele estão inúmeras obras-primas de pintores, escultores, e artistas importantes de todas as épocas, como a pintura famosa de Leonardo da Vinci, a Mona Lisa.