O curso de Letras da Unesc, por meio do projeto de Extensão “Sala de Leitura Itinerante: provocando e transformando leitores literários”, tem transformado a rotina de estudos de diversas crianças. Atualmente, ele ocorre na Escola Municipal de Educação Básica Pascoal Meller, no bairro Santa Augusta, em Criciúma.
A diretora de Extensão, Cultura e Ações Comunitárias, professora Fernanda Sônego, entende que por meio da contação de histórias e atividades desenvolvidas a partir da leitura é possível que ocorram reflexões por parte dos estudantes acerca de diferentes temáticas, além da aproximação da literatura à vida diária das crianças.
“As ações do projeto também proporcionam aos bolsistas a aproximação da literatura, a habilidade de contação de histórias, além da relação com os alunos e todos os integrantes da escola”, reflete.
Efeitos práticos
De acordo com a coordenadora do projeto, professora Daniela Arns, esta é uma iniciativa que foca na leitura literária para estudantes da Educação Básica, desde os Anos Iniciais até o Ensino Médio. Isso significa que serão abordados títulos considerados “clássicos” do gênero literário.
“A ideia é trabalhar com textos clássicos, a partir dos quais se desenvolve um letramento literário, ou seja, o aluno vai produzir conhecimento acerca deste conteúdo. Após a leitura e toda a reflexão possível do texto, algumas atividades são realizadas com os alunos. Logo, a leitura de obras relevantes estará mais próxima do aluno da Educação Básica”, explica.
A professora do segundo ano dos Anos Iniciais, Priscila Roque André Naspolini, comenta que a atividade iniciou há pouco mais de um mês e meio e revela que as crianças apresentam bons resultados com as ações propostas pelas extensionistas.
“Os alunos se concentram nas histórias, pois, para eles, é algo inovador. As crianças ficam mais concentradas e motivadas, o que auxilia a captar novas lições de forma lúdica”, avalia.
Uma das crianças participantes é David dos Santos, de sete anos de idade. Ele comenta que ama as experiências vivenciadas em sala de aula por intermédio das extensionistas, sobretudo devido à contação de histórias. “Eu gostei muito, principalmente porque, após as histórias, as professoras realizam atividades”, comenta.
Experiências que edificam
A bolsista e acadêmica da segunda fase, Íris Trindade da Rosa, que ingressou no projeto há dois meses, revela que vive uma experiência única, já que essa é a primeira vez que ela atua em sala de aula, além de ser o primeiro projeto de Extensão em que participa.
“Eu só tenho a agradecer, pois as crianças são ótimas. Elas se interessam pelas histórias e assimilam o que lemos, transferindo para o universo delas, bem como opinam sobre o que pensam. Isso é algo importante para elas, principalmente, porque um dos objetivos do projeto consiste em ajudar na socialização”, aponta.