A Unesc está à frente de um importante projeto de Extensão que visa integrar as metas e programas dos planos de recursos hídricos das bacias do Grupo Sul de Comitês de Bacias Hidrográficas Catarinenses (CBHs) à agenda mundial de sustentabilidade.
A iniciativa, em andamento de abril de 2023 até março de 2025, alinha-se ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 6, que trata do acesso à água potável e ao saneamento, com a intenção de fortalecer as ações locais em consonância com os padrões internacionais.
Sob a coordenação da professora do curso de Geografia, Yasmine De Moura Da Cunha, o projeto abrange as bacias do Rio Tubarão e Complexo Lagunar, do Urussanga e do Rio Araranguá e afluentes catarinenses do Rio Mampituba, que juntas englobam 45 municípios catarinenses.
“Essas bacias representam uma grande área populacional com planos de recursos hídricos que buscam a gestão a partir da avaliação da quantidade de água que temos disponível e quanto é necessário para abastecimento público; saneamento; indústria; agricultura e agropecuária”, explicou a coordenadora.
O foco principal está no acompanhamento de como as organizações e municípios progridem em relação às metas do ODS 6, que foi instituído por 175 países por meio da Organização das Nações Unidas (ONU). O projeto utiliza questionários e levantamentos estatísticos para monitorar os avanços e oferecer suporte ao fortalecimento dos comitês de bacia, que garantem que os planos de gestão estejam alinhados com os indicadores de sustentabilidade.
Ampliação do conhecimento
O estudante do curso de Geografia, Silas Queiroz Sampaio, que é um dos bolsistas da iniciativa, enfatizou a importância da participação no projeto de Extensão como uma forma de ampliar o conhecimento. “Desde o início, o projeto despertou grande interesse, principalmente por conta da disciplina sobre recursos hídricos que cursei. Com o projeto, estou adquirindo ainda mais conhecimento”, afirmou.
Ele também salientou a experiência enriquecedora de participar de uma entrevista na Aldeia Indígena de Imaruí. “Observei de perto a realidade, especialmente em relação ao saneamento básico. Apesar de algumas deficiências, como o atraso em determinadas áreas, percebi avanços importantes, como o acesso à água potável e a existência de uma estação de tratamento. Além disso, algumas casas foram construídas com apoio da Funai, mostrando progresso. Essa vivência contribuiu significativamente para minha formação”, concluiu.
A estudante do curso de Matemática, Thayná Farias, compartilhou a satisfação com a experiência vivenciada. “É gratificante participar dessa iniciativa. Aprendi muitas coisas, especialmente sobre a conexão entre Matemática e Geografia, que muitas vezes não percebemos. Estou descobrindo como elas estão interligadas. É uma experiência de aprendizado incrível”, afirmou a bolsista.