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Clínicas Integradas

Projeto de Extensão leva conscientização sobre violência contra a mulher às Clínicas Integradas

Objetivo é orientar pacientes sobre as diferentes formas de agressões e como elas devem ser combatidas (Fotos: Vanessa Clarinda/ Agecom/ Unesc)

Pacientes que aguardavam atendimento na Clínica da Medicina, nas Clínicas Integradas da Unesc, nesta quinta-feira (29/08), foram surpreendidos por uma atividade educativa sobre prevenção e combate à violência contra a mulher. A ação faz parte do projeto de Extensão “Educação em saúde para prevenção da violência contra a mulher”, desenvolvido pela Diretoria de Extensão, Cultura e Ações Comunitárias (Dirext) em parceria com o Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva (PPGSCol) e o curso de Medicina.

Coordenado pelas professoras Susana Cararo Confortin e Vanessa Iribarrem Avena Miranda, o projeto está no segundo ano de atuação. Estudantes da sexta fase de Medicina e do Mestrado em Saúde Coletiva conduziram a atividade e destacaram os diversos tipos de violência que muitas vezes passam despercebidos na sociedade. Além das orientações, foram distribuídos flyers com Violentrômetro, cartões com informações sobre onde procurar ajuda e panfletos que detalham os tipos de violência existentes.

“A ação começa com uma oficina desenvolvida no início de cada semestre em sala de aula para que os acadêmicos compreendam o tema da prevenção e acolhimento às vítimas. Em seguida, eles vão para a sala de espera, na qual transmitem esse conhecimento à comunidade,” explicou Vanessa. 

A professora também enfatizou a importância de chamar a atenção para os sinais de alerta e para os tipos de violência que, apesar de comuns, nem sempre são reconhecidos como tal. As atividades acontecem semanalmente, e alternam entre quartas e quintas-feiras, dias em que o ambulatório recebe um maior número de pacientes.

Abordagem não se limita às mulheres

“Muitas vezes, homens também desconhecem que praticam violência, porque cresceram nesse ciclo e consideram certos comportamentos normais. A iniciativa permite que os participantes identifiquem situações de violência no entorno e, eventualmente, ajudem outras pessoas”, expôs Vanessa.

Ainda conforme a professora, os acadêmicos utilizam metodologias ativas, como frases que incitam reflexão sobre atitudes que podem ser verdadeiras ou falsas. Após as respostas dos pacientes, eles explicam os tipos de violência.

A mestranda em Saúde Coletiva, Aline Cristina Vieira de Lima, ressaltou o impacto pessoal e profissional da experiência: “Conheci o projeto este ano por meio da professora Vanessa e está sendo uma experiência enriquecedora. Participar de projetos de Extensão que levam informações aos pacientes é muito gratificante”, expressou.

Da sala de aula à comunidade

Para a acadêmica Nicole Lovison Bastian, a participação no projeto tem sido valiosa. “Durante as atividades, temos a oportunidade de esclarecer às mulheres que não têm acesso à informação sobre os tipos de violência e de incentivá-las a denunciar ou buscar ajuda. A experiência também enriquece nosso currículo acadêmico”, relatou Nicole.

“O projeto tem se mostrado essencial na disseminação de conhecimento e no apoio à comunidade, e proporciona aos acadêmicos uma vivência prática que transcende a sala de aula, e contribui para que nos tornemos  profissionais mais conscientes e preparados para atuar em contextos sociais complexos”, acrescentou.

Prevenção e acolhimento

Conforme Nicole, a violência contra as mulheres pode se manifestar de diversas formas, e impacta profundamente a vida. A violência física é a mais visível, e envolve agressões que causam danos ao corpo. Já a violência sexual ocorre quando há coerção ou abuso sexual, que viola a autonomia da mulher sobre o próprio corpo.

“A violência moral e psicológica, embora menos visíveis, são igualmente devastadoras. A moral envolve humilhações e difamações, enquanto a psicológica busca minar a autoestima e a saúde mental da vítima. Já a violência patrimonial, diz respeito à destruição ou retenção de bens e recursos financeiros, que prejudica a autonomia da mulher”, explicou a acadêmica.

As vítimas de qualquer tipo de violência podem buscar ajuda por meio do Disque Denúncia 181, da Polícia Militar de Santa Catarina pelo 190, ou da Central de Atendimento à Mulher pelo 180. Além disso, o Nuprevips da Unesc oferece acolhimento e promove ações contra a violência interpessoal e provocada, e é um importante apoio para mulheres em situações de vulnerabilidade. 

O contato do Nuprevips é (48) 3431-2764.

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