A Semana da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla 2024 teve um destaque especial nesta semana, com uma atividade que envolveu os acadêmicos da sétima fase do curso de Pedagogia da Unesc. Sob a orientação do professor de Educação Inclusiva dois, Paulo Alves, os estudantes conduziram entrevistas com famílias atípicas, trabalho que exigiu planejamento cuidadoso e culminou em uma roda de conversa, na qual os dados coletados foram apresentados e discutidos.
A iniciativa, organizada pelo setor de Ações Comunitárias, em parceria com o curso de Psicologia, promove um espaço de escuta para as famílias singulares sobre como enfrentam o diagnóstico de deficiência dos filhos. “A atividade é realizada de forma individual, com o objetivo de entender essas experiências. 
Durante as apresentações, acadêmicos de Psicologia também foram convidados a participar”, explicou o professor Paulo Alves.
Neste ano, a Federação das Apaes adotou o tema “Nossa História: Quem Somos e o Que Fazemos”, que promove a reflexão sobre a trajetória das Apaes e o papel essencial no apoio a pessoas com deficiência intelectual e múltipla. “Aproveitamos a Semana da Pessoa com Deficiência para integrar os estudantes dos cursos de Pedagogia e Psicologia, e promover um diálogo onde foram compartilhadas as entrevistas realizadas com as famílias atípicas” relatou a analista administrativa das Ações Comunitárias da Extensão Unesc, Bruna Ferreira dos Santos Crispim.
Acolhimento familiar
A atividade visa entrevistar famílias independentemente da especificidade da deficiência. “Buscamos saber se acreditam que a cidade e a escola são inclusivas, se se sentem acolhidas, e quais desafios enfrentam nesta jornada. O próximo passo do trabalho incluirá a produção de um vídeo de ensaio, fundamentado em teorias e nas leis disponíveis para essas famílias”, explicou a acadêmica de Pedagogia, Catiane Jacinto Vieira.
“Essa atividade contribui significativamente para a minha formação profissional, porque, na prática, ninguém conhece melhor a criança do que os próprios responsáveis. É fundamental trazer a família para dentro da escola, mesmo que seja por meio da escrita, para escutá-los e perceber o quanto é importante que os adultos estejam presentes nesse processo”, acrescentou.
A apresentação da acadêmica do curso de Pedagogia, Priscila Lima Lopes destacou o perfil de uma família com um filho de oito anos que possui deficiência auditiva bilateral. “Realizei a pesquisa presencialmente, explorei a descoberta da deficiência, a dinâmica entre a criança, a família, a comunidade e a escola, e como se dá a comunicação entre eles. É fundamental considerar as particularidades de cada caso e a importância do acolhimento dessas famílias no ambiente educacional,” ressaltou Priscila.
A acadêmica do curso de Psicologia e estagiária do Acolher, Natália Borges Eliseo, que representou o Programa no evento, também participou ativamente, e contribuiu com informações sobre os serviços oferecidos pelo Programa Acolher da Unesc e divulgou a segunda edição do Projeto “Autismo: Um Abraço Àquele que Cuida”.
