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Clínicas Integradas

Unesc recebe seminário estadual sobre autismo e apresenta serviços disponíveis

Reitora Luciane Bisognin Ceretta e CER Unesc apresentaram atuação da Universidade na área (Fotos: Mayara Cardoso/Agecom Unesc)

Professores, psicólogos, pedagogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e diversos outros profissionais iniciaram a semana qualificando o trabalho voltado à pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no Seminário Estadual “Autismo: Diagnóstico, Intervenção Precoce e Comportamento”. O evento, realizado pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), ocorre nesta segunda-feira (8/07) na Unesc, no Auditório Ruy Hülse, com participação especial do Centro Especializado em Reabilitação (CER) II, da Universidade, apresentando os serviços prestados à comunidade.

O evento, que reuniu aproximadamente 500 pessoas na Unesc, é proposto pela Escola do Legislativo com o propósito de discutir políticas públicas de inclusão escolar e fomentar informações sobre a intervenção precoce e comportamento de educandos com autismo. A edição em Criciúma encerra o ciclo de seminários realizados por todo o estado ao longo do semestre, totalizando aproximadamente 4,3 mil participantes nas cidades de Tubarão, Fraiburgo, Balneário Camboriú, São Miguel do Oeste, Joinville e Criciúma.

 

Conexão com a Universidade

Para a reitora da Unesc, Luciane Bisognin Ceretta, receber o Seminário é um prazer, especialmente por tratar de uma temática que também é foco de atenção na Universidade. “O Espectro Autista não é mais um assunto a ser discutido em um pequeno grupo ou apenas por quem convive com ele em casa. Esta é uma questão social que atinge a todos nós e, portanto, precisamos juntos encontrar possibilidade para melhores manejos, diagnósticos e conscientização”, pontuou, na abertura realizada na manhã desta segunda-feira.

Conforme a reitora, dos 2.500 atendimentos realizados em 2023 pelo Centro Especializado em Reabilitação (CER II) da Unesc em pessoas com deficiência intelectual, 800 tiveram o diagnóstico de TEA fechado, ou seja, uma média de 40% dos casos. Tais pacientes representam toda a região Sul do estado, já que a Unesc é referência no protocolo de rastreio e recebe casos suspeitos para fechamento do diagnóstico por meio da equipe multiprofissional do CER. “Esse número demonstra claramente a importância do diálogo sobre o manejo de uma situação como esta nos diferentes espaços, escolares, domiciliares e sociais de forma geral”, pontuou ainda.

Ainda em sua fala, Luciane aproveitou para citar alguns dos serviços prestados pela Universidade com foco nas pessoas com TEA. Entre eles estão a parceria recente entre o Laboratório de Neurologia Experimental e o Corpo de Bombeiros Militar de Criciúma no desenvolvimento protocolo operacional padrão para o Atendimento Pré-Hospitalar (APH) específico para pessoas com o Espectro, modelo que já é referência nacional; o projeto “Autismo: Um Abraço Aquele Que Cuida”, criado neste primeiro semestre com objetivo de levar apoio a familiares e responsáveis; além de pesquisas realizadas pelos programas de pós-graduação da Instituição com conexões internacionais.

Complementando a fala da reitora, as colaboradoras do CER, Leyce das Rosas dos Reis e Karen Karkle, fonoaudióloga e psicóloga, detalharam ao público presente as abordagens diagnósticas, sinais de alerta e orientações gerais acerca do assunto.

 

Conscientizar para evoluir

Para o deputado estadual Pepê Collaço, presidente da Frente Parlamentar em Defesa das Pessoas com o Espectro Autista, a presença maciça de profissionais e comunidade em geral nos eventos demonstra a importância da realização de eventos com a temática.

“A realização desses seminários é fundamental para aprimorarmos nossas políticas públicas e garantir que as pessoas com autismo tenham o suporte e a inclusão necessários que nossos profissionais estejam capacitados para ensinar. É uma pauta de extrema importância que precisa continuar sendo discutida e aprimorada”, avalia.

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