O ginásio José Antônio Carrilho, na Unesc, se transformou em um espaço vibrante e colorido nesta quinta-feira (13/06). Estudantes dos cursos de Licenciaturas Integradas da Universidade reuniram-se para a exposição de projetos da disciplina de Prática como Componente Curricular (PCC) na Praça. O evento, aberto ao público, promoveu o compartilhamento de reflexões, conhecimentos e experiências escolares dos acadêmicos, sob diversas perspectivas.
Para a reitora Luciane Bisognin Ceretta, participar desse momento foi encantador e transformador, reforçando a importância de investir na formação de professores com cursos de excelência. “Isso é insubstituível. Defendemos o ensino presencial, integrando tecnologias no processo de ensino-aprendizagem, mas o contato direto e a construção colaborativa do ser professor são experiências formativas essenciais para enfrentar os desafios nas escolas. Estou muito encantada e feliz pela certeza que tenho nos caminhos que a nossa Universidade trilha para a formação de professores e professoras de excelência para o Brasil”, comentou.
A coordenadora do curso de Pedagogia, Andréa Rabelo Marcelino, ressaltou a gratificação de observar o empenho dos estudantes na criação de formas criativas e instigantes de transmitir conhecimentos e promover a integração. “Eles desenvolveram diversas maneiras de abordar temáticas relacionadas à docência. Enquanto refletiam sobre assuntos que envolvem o ambiente escolar, que podem ser temas de seus Trabalhos de Conclusão de Curso, os acadêmicos foram convidados a compartilhar as reflexões realizadas ao longo do semestre na disciplina de Prática como Componente Curricular”, explicou.
“Ao proporcionar um momento rico principalmente para os futuros professores, que estarão em sala de aula aplicando essas atividades, o evento permite que as áreas do conhecimento dialoguem entre si. É um momento de compartilhamento de saberes tanto para os professores quanto para os estudantes”, destaca Andréa.
Formação
A professora Aurelia Regina de Souza Honorato, integrante do núcleo comum das licenciaturas, ressaltou que o evento reúne produções de pesquisa e ensino dos estudantes das licenciaturas integradas.
“As disciplinas envolvidas focam na formação de professores, abordando temas relacionados às práticas escolares. A cada semestre é escolhida uma temática que envolve a formação do professor e a escola, considerando a especificidade de cada matéria ou disciplina do curso que o acadêmico realiza”, explicou.
Segundo ela, atualmente, o evento consiste na apresentação dos grupos, onde os estudantes exibem ao público, aos colegas e aos professores os resultados de suas pesquisas e trabalhos desenvolvidos nas disciplinas.
“Este momento é muito importante, pois promove o trabalho integrado entre diferentes cursos e formações. Essa integração é fundamental, pois prepara os acadêmicos para a realidade escolar, onde precisam trabalhar de forma colaborativa, entendendo que os alunos pertencem a todos os professores, e não apenas a uma disciplina específica”, comentou.
Conforme ela, essa perspectiva é central nas licenciaturas integradas, promovendo um movimento que contribui para a formação dos alunos, além de incentivar a produção de projetos de Ensino e Pesquisa”, complementou.
Integração
A estudante da terceira fase do curso de Pedagogia, Dieniffer da Costa Martins, expressou a importância de observar e interagir com as diferentes fases do curso. Segundo ela, é extremamente interessante acompanhar as ideias e apresentações dos estudantes das fases iniciais e também dos acadêmicos já mais avançados na formação.
“Essa interação permite não apenas refletir sobre as próprias experiências passadas, mas também aprender com o entendimento dos outros colegas, o que pode enriquecer a própria formação acadêmica e oferecer informações fundamentais para os desafios futuros”, observou.
A acadêmica do curso de Tecnologia Educacional, Maria de Fátima Santiago Duarte, vivenciou, neste ano, a quarta participação no evento. “A cada edição é uma emoção diferente. E esse ano as ideias foram incríveis”, disse.
Um dos grupos, intitulado Caldeirão de Memórias da Cuca, trouxe à tona a essência da infância. “Escolhemos a Cuca porque ela ‘rouba’ as crianças e, consequentemente, suas memórias. A ideia é que, no caldeirão da Cuca, estejam guardadas as memórias dessas infâncias. As pessoas que visitam o caldeirão puxam uma memória; se se identificarem com ela, recuperam essa memória. Se não, colocam de volta e a memória permanece presa. A intenção é recuperar essas memórias e a essência da infância”, enfatizou o estudante João Vitor Mendes.
“A proposta do PCC na Praça é muito divertida. Há uma grande união das licenciaturas e isso é muito legal”, complementou Mendes, que é acadêmico do curso de Pedagogia.
“Nosso objetivo com esse trabalho foi valorizar o nosso esforço, o trabalho do professor e do pedagogo. Queríamos destacar a importância do que fazemos e o impacto que isso tem”, acrescentou a acadêmica do curso de Pedagogia, Liana Warmeling, que também participou da atividade.