O curso de Design da Unesc teve mais uma aula inaugural para marcar o início do semestre aos alunos veteranos e o começo do curso para os novatos. Mas não foi uma aula qualquer, rotineira. Para despertar e provocar o pensamento dos acadêmicos, a coordenação convidou três renomados professores para palestrar sobre o tema UX Design, termo que significa Experiência do Usuário, e Design Social, assunto sugerido pelo Centro Acadêmico.
O evento via Google Meet na noite de quinta-feira (19/8) contou com a participação dos professores convidados do Curso de Design da Universidade da Região de Joinville (Univille), Haro e Roy Schulenburg e pela professora Isadora Dickie, sob mediação da professora Melissa Watanabe.
Os dois assuntos abordados serão disciplinas da nova matriz do Design da Unesc. Os professores Haro, Roy e Isadora lecionam na Pós-Graduação de User Experience e Design de Experiências da Unesc Digital UOL EdTech.
Experiência do Usuário
O Tema UX Design ficou sob responsabilidade dos dois irmãos professores, Haro e Roy. Haro iniciou sua conversa falando sobre o que realmente é o produto. Conforme o professor, o novo caminho que o Design está tomando com a criação de novas frentes com o advento tecnológico, nas quais um produto pode ser, um aplicativo, uma experiência, um serviço ou a junção de tudo isso e, não necessariamente, precisa ser um artefato. “No final dos anos 90, início dos anos 2000, a gente começa a perceber que as pessoas têm o despertar do desejo, além da necessidade E aí começa a cair por terra o culto da plenitude da Bauhaus, que a forma segue a função e a pessoa que precisa se adaptar ao que é produzido”, destacou.
O professor Roy começou a sua participação chamando a atenção dos ouvintes com a existência de uma pesquisa que sinaliza para um boom que a profissão deve ter dentro de dez anos. “Essa quantidade de vagas, essa necessidade, é muito legal. Tem muito a ver com a ‘experiência do usuário’. Ela é muito forte e cresceu demais com a cultura das startups. A gente está chegando em um nível no mercado que o design não é mais o diferencial, é uma obrigação”, alertou o professor.
Design Social
A professora Isadora Dickie foi quem abordou sobre o Design Social. Ela transcorreu sua apresentação sobre o design difuso e o especializado, detalhando os conceitos de design difuso é design prático, sem formação, já o especializado tem a formação acadêmica.
Em sua aula, ela descreveu a necessidade do conhecimento, habilidades e competência para a prática de design, bem como destacou que para o desenvolvimento de um produto é preciso ter três características humanas: senso crítico e prático e criatividade.
Para ela, o design social está dividido em seis módulos de compreensão: diversidade, inclusão, acessibilidade, impacto social, demandas sociais e ecossistema de negócios. Em seu momento de despedida ela aconselhou os estudantes. “O importante é fazer o que gosta e o design propicia uma gama de possibilidades de atuação”, destacou a Isadora.
Para o coordenador do curso, João Rieth, o objetivo foi trazer para o início do semestre dois assuntos emergentes no setor. “O diálogo com a Experiência do Usuário e Design Social assumiram um maior destaque nos últimos dez anos, pois evidenciam o propósito: a melhoria da qualidade de vida da população através de produtos e serviços”, argumentou o coordenador.
O encontro também serviu de uma forma descontraída para que os participantes e ouvintes pudessem debater e tentar definir o que, de fato, é o Design. “Cada um deu sua contribuição, mas o evento acabou sem ter uma resposta definitiva: Afinal o que é Design?”, apontou Rieth.
Aqueles que não compartilharam da experiên
cia e tiverem interesse em assistir a Aula Inaugural podem acessar o material aqui