A Unesc reuniu pesquisadores da área da saúde para debater e informar sobre o que há de mais atual e cientificamente comprovado com relação à Covid-19. Estiveram ao vivo em transmissão online pelo YouTube a professora doutora Silvia Dal Bó e os professores doutores Silvio Ávila Júnior, Lucas Helal e Felipe Dal Pizzol. O resultado do encontro ficou registrado em um vídeo de mais de uma hora de conteúdo de extrema relevância mediado coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Cristiane Tomasi.
Entre os assuntos mais debatidos entra a comunidade e que causam não só dúvida, mas também divergências, está a utilização de diferentes medicamentos e suas reais indicações para o tratamento da Covid-19. A temática foi abordada pela pesquisadora Silvia Dal Bó em seu espaço de fala, no qual salientou todos os estágios necessários desde a criação de uma substância até sua testagem e aprovação para o mercado.
“A comunidade vem esperando muito o desenvolvimento desse medicamento que resolva o problema e digo isso incluindo todos nós. Porém sabemos que existe um tempo necessário para se comprovar sua a segurança e a eficácia. Nesse contexto, parece que se elegem determinados fármacos, carregados de mitos e sugestões, e, diante de todo o cenário, a impressão é que se acredita no que quer acreditar”, explica a professora.
Conforme ela, a própria situação de medo e incertezas potencializa o fato de a comunidade como um todo abraçar uma ideia como esperança para o problema. “Isso causa uma situação ruim. É difícil conviver com uma doença para a qual não temos um tratamento preventivo e isso nos deixa numa situação de vulnerabilidade. Essa sensação faz com que se acredite até em coisas que não são factíveis”, completa.
Dentro da mesma temática, o pesquisador Felipe Dal Pizzol acrescentou sua visão sobre o uso da hidroxicloroquina e os resultados obtidos, diferentes do esperado no início da pandemia.
Conforme Felipe, a própria abordagem da ciência com relação aos novos fármacos, a publicações e diversos outros aspectos estão sendo transformados com os aprendizados obtidos ao longo das vivências de 2020. “Esse novo normal, expressão tão usada, vai servir também para a ciência. Já está mudando a forma com a sociedade enfrenta a pesquisa, como o pesquisador encara essa pesquisa, como os órgãos de fomento nos encaram como pesquisadores e até tramitações técnicas e legais relacionadas ao assunto. Acredito que nós iremos sair fortalecidos disso tudo”, destaca.
A opinião de Dal Pizzol foi ainda reforçada por Silvio Ávila Júnior, que salientou sua visão sobre o amadurecimento imediato em todos os âmbitos. “O mundo foi obrigado a amadurecer 20 anos em seis meses em diversos fatores. O uso da tecnologia no ensino, a velocidade e o compartilhamento de informação, por exemplo, em comparação com o ano passado, já são outros. Acredito que a visão da comunidade com relação ao que a ciência é capaz de oferecer vai mudar muito e já mudou. A opinião de estudiosos da área da saúde já é vista de forma diferente”, completou.
Os destaques pontuados por Silvia Dal Bó, Silvio Ávila Júnior, Lucas Helal e Felipe Dal Pizzol podem ser assistidos de forma completo no YouTube.
