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Ações Sociais

Unesc recebe o 2º Simpósio LGBTQIAPN+ do
Sul de Santa Catarina

Evento é realizado pela Liga Acadêmica LGBT+. Nos dois dias de evento, temas de interesse da comunidade são apresentados e debatidos (Fotos: Décio Batista/Agecom/Unesc)

A Liga Acadêmica Multidisciplinar LGBT+ (LamLGBT+) e a Secretaria de Diversidades e Políticas de Ações Afirmativas da Unesc, promovem desde a noite dessa terça-feira (3/10), no auditório Edson Rodrigues, o 2º Simpósio LGBTQIAPN+ do Sul de Santa Catarina. Neste ano, o tema da iniciativa tem como tema “A cor dessa cidade sou eu” e é uma oportunidade para troca de conhecimentos e experiências.

Para a primeira noite, os palestrantes convidados foram o professor e endocrinologista, Davi Francisco Machado e a doutora em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Gabriela da Silva, a primeira travesti professora na Rede Estadual de Santa Catarina.

“Esse é um movimento que precisa ser valorizado e estimulado. A nossa reitora, Luciane Bisognin Ceretta, destaca sempre que somos uma Universidade plural e democrática e esse precisa ser um dos lemas da nossa Unesc. O fortalecimento desse tipo de evento dá igualdade de direito a todos, e isso vai nos propiciar um mundo melhor, de alegria, saudável e justo. Esse é o caminho que precisamos seguir”, declarou a pró-reitora de Ensino, Graziela Amboni na abertura do evento.

Segundo a presidente da Liga, acadêmica de Psicologia, Lyncoln Machado, ter um encontro como este dentro da Universidade é algo extraordinário. “Abrir o campus para essa conscientização é muito importante para a comunidade e isso não acontece em todas as instituições de Ensino Superior. É a política da igualdade defendida pela nossa reitora e isto não encontramos em outros lugares. A criação da Liga LGBT foi uma grande conquista e essa concentração e respeito é um exemplo para fora da Universidade”, comentou.

Hormonização

O professor Davi foi o primeiro a apresentar seu conteúdo com o tema: “População Trans e o Acesso à Saúde”. “A minha intenção é contemplar como o profissional da saúde deve atender a população trans, com o intuito de diminuir o preconceito e os erros no atendimento a esse público. O que podemos fazer para melhorar o acesso à saúde dessa população que sofre tanto preconceito. Apresentei a teoria e o que determina o protocolo atual e também sobre as vivências e desafios adquiridos na prática com os atendimentos no dia a dia, com as pessoas trans”, explicou.

O professor falou sobre a hormonização que é trabalhada para as mudanças corporais. “A população LGBT busca essa transição e nós, como especialistas, orientamos com relação à aplicação de hormônios, os prós e contras e o cuidado que temos que adotar, porque não é igual para todos que buscam a transformação. Através do acompanhamento médico, adaptamos individualmente a partir do momento que ocorrem as mudanças físicas”, pontuou.

TransEducação

Com o tema: “TransEducação, Desaprender para Aprender”, a segunda palestrante, Gabriela, trouxe aos ouvintes, sua trajetória de vida e o seu envolvimento nos movimentos de luta. “Sou uma mulher travesti, eu tenho uma trajetória de construção a partir dos movimentos sociais e me inspiro no movimento travesti, dos transexuais do Brasil. A minha história começa com o meu ativismo. O meu processo de empoderamento inicia a partir da minha inserção no movimento, que me fizeram chegar na UFSC, onde eu me considero a primeira travesti a defender uma tese de doutorado em Santa Catarina”, pontuou.

Atualmente a bandeira de luta da palestrante é sua construção ativista pelo empoderamento intelectual. “Enquanto pensadora da educação, temos que construir uma nova educação, com uma pedagogia diferente, um currículo diferenciado, que respeite as vontades e diferenças das pessoas”, concluiu.

Para a coordenadora adjunta da Secretaria de Diversidades e Políticas de Ações Afirmativas, Rita Guimarães, é importante ver o protagonismo acadêmico nesse momento de definição de pautas. “É fundamental nos aproximarmos cada vez mais de quem precisa ter voz. Por meio deste protagonismo, na produção de conhecimento científico, conseguimos debater o que é importante, quais as demandas para nossa causa LGBTQI+. A nossa secretaria está de porta aberta para que as pessoas se reconheçam, se encontrem e sejam acolhidas. Estamos dispostas e abertas para apoiar qualquer iniciativa científica, de acolhimento, de embate ou do que for necessário”, avaliou.

Programação – Quarta-feira – 19 horas – Auditório Edson Rodrigues

Palestras:

Morte para além do óbito: LGBTfobia como estratégia de aniquilação das subjetividades

Camila Cavaler
Professora do curso de Psicologia, Direito e dos Programas de Residência Multidisciplinar da Unesc

Registro Civil e o Acesso à Justiça

Marcus Almada
Oficial de Registro Civil da Comarca de Criciúma, desde o ano de 2004 e pProfessor do curso de Direito da Unesc.

Direitos da população LGBTQIAPN+: avanços e desafios

Pedro Henrique Hilário
Advogado; mestre em Direitos Humanos e Sociedade pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade do Extremo Sul Catarinense PPGD/UNESC; coordenador jurídico em Santa Catarina da Aliança Nacional LGBTI+; Membro da Comissão de Direito Homoafetivo e Gênero da OAB Santa Catarina e da Comissão de Direitos Humanos da OAB Criciúma.

 

 

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