As disciplinas de Introdução aos Recursos Humanos e Gestão do Clima e Cultura Organizacional, do curso de Gestão em Recursos Humanos (RH), tiveram, na noite dessa segunda-feira (2/10), uma palestra sobre a inclusão de Pessoas com Deficiência (PCD) no mundo do trabalho, com a egressa do curso de Direito, Priscylla Piucco.
A palestrante é advogada, formada em em Direito no ano de 2008 na Universidade e pós-graduada. Ela, que é cadeirante, esteve no auditório Edson Rodrigues para falar com os estudantes sobre a Lei de Cotas para Pessoas com Deficiência (8.213/91), que garante a cota para a contratação e inclusão das pessoas portadoras de deficiências.
Cadeirante desde os três anos de idade, Priscylla fez uma retrospectiva da sua vida, dos desafios enfrentados até sua formação acadêmica e a sua carreira na advocacia. “É muito importante trazer esse tema para a turma de RH, que tem um papel fundamental na inclusão social. A minha conversa também focou na necessidade de manter as PCD em suas atividades”, comentou.
Segundo a advogada, o importante é avaliar o currículo profissional de forma completa. “O profissional de RH tem que começar a ver a pessoa com deficiência como alguém que têm suas competências de trabalho, principalmente porque atualmente temos uma política de educação mais inclusiva, oferecendo mais oportunidades para muitas pessoas com deficiência. Muitas já têm a sua formação em curso superior, com uma capacitação profissional maior do que antigamente”, explicou.
“As cotas são uma grande conquista, mas o mais importante é não ver esses profissionais como coitadinhos, mas sim enxergar na pessoa com deficiência suas qualidades para o cargo. Analisar o currículo mesmo, como de qualquer outra pessoa. Isso é fundamental”, concluiu.
Segundo a professora das disciplinas, Andreza Lubavy Locatelli, falar sobre a questão das minorias é muito importante e é um assunto que faz parte do dia a dia desses futuros profissionais de RH. “Aprender a trabalhar e incluir a pessoa com deficiência é muito importante, inclusive já conhecemos a Lei de Cotas. Nada melhor do que ouvir de uma pessoa com deficiência, que além de dominar o assunto, vive na pele, e sabe a melhor forma de realizar essa inclusão, desde a recepção, até a preparação da empresa até o dia a dia de trabalho”, pontuou.
Para a aluna da primeira fase, Manoela Duarte Tomaz, este é um assunto muito enriquecedor para os estudantes de RH. “Para nós, futuros profissionais na área, a palestra evidenciou os direitos desses trabalhadores, além de quais os deveres e benefícios para a empresa. Precisamos tratar isso não como um pesar, mas avaliar a formação profissional, suas habilidades e competências, orientar e adequar a empresa para ter colaboradores com este perfil no quadro funcional”, avaliou.
Segundo a Lei de Cotas para Pessoas com Deficiência (8.213/91), as proporções para empregar PCD variam de acordo com a quantidade de funcionários. De 100 a 200 empregados, a reserva legal é de 2%; de 201 a 500, de 3%; de 501 a 1.000, de 4%. As empresas com mais de 1.001 empregados devem reservar 5% das vagas para esse grupo.