Já está circulando pelos quatro cantos de Criciúma e região a 4ª edição “Coletiva de Artistas do Sul: Patrimônio Cultural Catarinense”, catálogo que traz os trabalhos de 10 expositores que expuseram, no período de agosto a dezembro de 2021, no Espaço Cultural Unesc “Toque de Arte”.
A solenidade de divulgação do catálogo, realizada na noite dessa quarta-feira (30/08), reuniu artistas e apreciadores da arte. O catálogo faz parte das comemorações do aniversário de 23 anos do Espaço Cultural Unesc “Toque de Arte”, que acontece neste mês de agosto, um equipamento cultural que atua no fortalecimento da cultura, da arte, dos artistas, da formação de público e do acervo de arte nacional.
Em suas páginas estão destacados os trabalhos dos artistas contemplados, que representam oito cidades do Sul de Santa Catarina: Criciúma, Tubarão, Maracajá, Sombrio, Cocal do Sul, Jaguaruna, Nova Veneza e Laguna.
As obras, divididas entre fotografia, pintura, instalação, pirogravura, bordado e desenho, são de autoria dos artistas Angélica Neumaier, Elisa Corrêa da Rosa, José Luiz Ronconi, Karolyne dos Santos Pacheco, Larissa Rocha Soares, Lizandra Mendonça Flausino, Lucas Pereira Elias, Neusa Milanez, Rosângela Becker Inácio e Simone Milak Natal Guimarães.
O objetivo central da produção do Catálogo é refletir sobre o vasto campo do patrimônio cultural catarinense, proposto, via Edital IV Coletiva de Artistas do Sul – Nº 101/2021. Os artistas catarinenses interessados se inscreveram e apresentaram propostas a partir do tema “Patrimônio Cultural Catarinense”.
A curadoria dos trabalhos ficou por conta de Fernando Boppré, Daniele Zacarão e Amalhene Baesso Reddig, que analisaram as 54 inscrições e selecionaram os artistas que melhor retrataram suas produções à temática proposta.
A montagem da exposição foi realizada e mediada a partir de dois eixos e recortes dispostos em paredes opostas e que, em conjunto, expressaram patrimônios, memórias, poéticas, processos de apagamento e histórias do Sul de Santa Catarina.
As exposições aconteceram no período da pandemia e as máscaras testemunharam o momento de solidariedade e respeito ao próximo. Segundo a pró-reitora de Pesquisa, Pós-Graduação, Inovação e Extensão, Gisele Coelho Lopes, representando a reitora Luciane Bisognin Ceretta, destacou que as máscaras tinham que estar no catálogo.
“É uma memória que a gente não pode apagar. E essa memória precisa ficar. Essas máscaras tinham que estar onde estavam. Precisamos estar o tempo todo se reinventando, mas resistindo o tempo, resistindo nas nossas lutas, nas nossas defesas e trazendo à tona a memória daquilo que realmente foi efetiva nas nossas vidas e ao folhear o catálogo, percebemos a sensibilidade de cada um dos artistas”, comentou.
A pró-reitora ainda acrescentou: “Eu posso dizer que a Unesc tem um grande presente, que são as pessoas. E hoje, nós temos grandes projetos institucionais com a identidade das pessoas que fazem parte desse projeto e aqui está o exemplo do Setor de Arte e Cultura, com a assinatura da Lenita e do Maxwell. Na pandemia, a Universidade mostrou a sua força e nos seus 55 anos, reforça ser uma instituição consolidada com suas políticas de pesquisa pós-graduação inovação extensão e ali na extensão”, completou.
Edição e-book
“A conclusão da 4ª Coletiva de Artistas do Sul, tem sido um exercício de grande entrega, porque são várias etapas e um conjunto enorme de profissionais envolvidos. E isso, graças a Deus, o lugar onde estamos, nesta Universidade Comunitária, sempre tivemos o apoio, sempre nos deu as condições para que esses trabalhos pudessem ser realizados. Então, neste mês de agosto, onde comemoramos os 23 anos do Espaço Cultural Unesc “Toque de Arte”, é uma honra trazer hoje essa etapa do projeto, que é o lançamento do catálogo impresso da coletiva”, comentou a coordenadora do Setor de Arte e Cultura, Amalhene Baesso Redigg
A coordenadora ainda anunciou que o catálogo em e-book sairá na Semana de Ciência e Tecnologia da Unesc (SCT), em outubro.
Para o produtor cultural do Setor de Arte e Cultura, Maxwell Sander Flor, os trabalhos são ricos em detalhes e muito expressivos. “São obras que ao observá-las, podemos estabelecer conexões e diálogos sobre a arte contemporânea, a relação do corpo com a escultura, a história da extração de carvão em Criciúma, a máquina escavadeira de carvão que proporcionou desenvolvimento e, não por acaso, provocou grande impacto ambiental. também encontramos na cena expositiva a identidade italiana e a cultura popular catarinense que remeteu ao folguedo Boi de Mamão”, observou.
A artista Rosângela Becker disse estar honrada em ser participante do catálogo. “Foi um orgulho para nós artistas participar dessa Coletiva. O tema que trouxe a questão de patrimônio vinha muito de encontro ao meu trabalho e foi uma pesquisa que eu desenvolvi para uma exposição com diversos outros trabalhos relacionados a mineração, a poluição ambiental e a questão do mineiro. Minha página reproduz uma fotografia onde o espelho reflete o rosto da estátua do mineiro na Praça Nereu Ramos, então é um trabalho que vai ficar eternizado, isso é muito gratificante, estou muito feliz”, agradeceu a artista.
A ação de incentivo à cultura tem apoio, via Lei de Incentivo, do Ministério da Cultura, do Governo Federal: Bistek Supermercados, Construtora Locks, Giassi Supermercados e Anjo Tintas.
Em sua quarta edição, a Coletiva teve o projeto aprovado junto à Lei de Incentivo à Cultura (Lei nº11.693/91), com o PRONAC nº 185880, publicado no Diário Oficial da União – Seção 1, n. 244 de 20 de dezembro de 2018.
