Um estudo produzido pela revista norte-americana Plastic Reconstructive, identificou que o Brasil realiza mais de 45 mil harmonizações faciais por ano. Número que coloca o país entre os que mais realizam esse tipo de procedimento no mundo.
Resumidamente, a harmonização facial é um conjunto de procedimentos estéticos não cirúrgicos realizados para melhorar a aparência do rosto, buscando realçar a harmonia e simetria, sem a necessidade de intervenções invasivas. O principal objetivo de quem procura fazer, é a busca pelo equilíbrio de diversos elementos faciais, como o nariz, queixo, maçãs do rosto, mandíbula, lábios e outras áreas.
Mas, como em qualquer procedimento estético, a atenção a cada detalhe é fundamental. “O primeiro passo é a escolha de um bom profissional. Depois, é a vez do diagnóstico. O profissional precisa entender qual a intenção do paciente com a harmonização, qual a sua queixa com a aparência atual do seu rosto. A partir daí será possível fazer um bom planejamento unindo os desejos do paciente com o que é viável ser feito. Se o diagnóstico for bem feito, a etapa final, que é a execução, será perfeita”, afirma o professor do curso de Odontologia da Unesc, especialista em cirurgia facial, Fernando Antonini.
Tipos de harmonização e efeitos colaterais
De acordo com Antonini, atualmente é possível dividir a harmonização facial em dois grupos: a cirúrgica e a não cirúrgica. “As mais comuns no grupo da harmonização facial cirúrgica, são o lifting facial, plástica de pescoço e lipoaspiração de papada. Além da rinomodelação, no nariz; e a bichectomia, que é a remoção daquela gordurinha da bochecha”, explica.
Já no grupo da harmonização facial não cirúrgica, estão os injetáveis. “A toxina botulínica, que auxilia na diminuição das marcas de envelhecimento; os bioestimuladores, que estimulam a formação de colágeno; e os fios faciais, que normalmente são fios de sustentação que tendem a suspender de volta tecidos que tiveram queda com o tempo e com a gravidade”, detalha.
Ainda segundo o especialista, as mulheres são quem mais procuram fazer o procedimento. “Posso dizer que 90% das minhas pacientes são mulheres. Mas os homens estão mais vaidosos e, aos poucos, o número de pacientes desse gênero também tem crescido”, conta. “E os locais mais comuns onde querem mexer, são as rugas da testa e também na região dos olhos, para tratar os famosos pés de galinha”, acrescenta.
Quanto às contraindicações e efeitos colaterais, Antonini reforça a importância do diagnóstico bem feito. “Um diagnóstico bem feito minimiza a chance de erros e danos. Por isso essa etapa é tão importante. Nessa conversa, o profissional e o paciente vão esclarecer dúvidas e pontuar possíveis barreiras, como por exemplo, se o paciente tiver alguma contraindicação sistêmica”, pontua.
Quanto tempo dura a harmonização?
Uma dúvida comum entre as pessoas que desejam fazer harmonização facial, é por quanto tempo o procedimento ficará no rosto. Dúvida esta que Fernando Antonini esclarece dizendo que depende do tipo de procedimento realizado e também dos hábitos do paciente. “Vou usar o exemplo da toxina botulínica. De modo geral, ela dura de quatro a seis meses, e a reaplicação vai depender do quanto o paciente costuma ativar o músculo. Quanto mais ativar, menos o procedimento dura”, afirma.
“Se foi aplicado na região dos olhos e é um paciente que trabalha exposto ao sol e está contraindo os olhos com frequência, naturalmente vai durar menos do que num paciente que trabalha, por exemplo, em um ambiente fechado”, complementa.
Questionado sobre os principais benefícios da harmonização facial, Antonini é categórico. “Primeiro, ela gera um benefício estético considerável e imediato. Segundo, é um procedimento minimamente invasivo. E terceiro, o custo-benefício é muito interessante e relativamente barato visto o quanto a autoestima dos pacientes melhora”, garante.
A harmonização facial é indicada para pessoas que desejam melhorar a aparência do rosto e restaurar a juventude, ou até corrigir assimetrias faciais. É uma forma eficaz de alcançar um rosto mais simétrico e equilibrado com procedimentos não invasivos, desde que realizados de forma segura e por um profissional qualificado.
Confira a entrevista completa sobre o assunto no link: Harmonização Facial: Como Funciona e Quem Pode Fazer!
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Texto: Stephanie Barbosa/Especial Agecom Unesc