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Arte e Cultura

Exposição “Enlaces Afetivos” já está aberta para visitação no Espaço “Toque de Arte” da Unesc

São 24 obras que retratam, através de bordados, a história da artista plástica criciumense Silvana Burigo

As aulas retornaram ao campus da Universidade e com ela uma nova exposição de arte chegou. Está aberta à comunidade acadêmica e à comunidade em geral, a partir da noite de terça-feira (02/08), a mostra “Enlaces Afetivos”, da artista plástica Silvana Búrigo, de Florianópolis. A exibição artística é uma realização da Diretoria de Extensão, Cultura e Ações Comunitárias, através do Setor Arte e Cultura, e foi contemplada pelo Edital de Exposição Temporária da Unesc, n° 293/2019.

Dentro de cada obra, como hábil bordadeira, a artista conta a sua história de vida. Em suas composições ela resgata as memórias de infância em Criciúma, Balneário Rincão e Cocal do Sul, além de suas lembranças da juventude em frequentes passagens pela “Ilha da Magia” que também são traduzidas por meio das agulhas, panos, linhas coloridas e nós.

Curadora Anna Moraes e a artista criciumenese Silvana BurigoA Exposição “Enlaces Afetivos”, que tem a curadoria de Anna Moraes, demonstra todo o carinho da artesã com as pessoas que compartilharam com ela as cenas das diversas fases da vida. Os trabalhos são ricos em detalhes e apresentam situações vivenciadas e imaginárias da autora.

Conforme a artista Silvana Burigo, o bordado é uma tradição aprendida em casa. “Eu aprendi com a minha mãe a bordar, a fazer tricô, crochê, todas essas habilidades manuais. Já com a minha avó materna eu aprendi o lúdico, a criatividade”, explicou.

As 24 obras expostas no Espaço “Toque de Arte”, conforme ela, estão intimamente ligadas à família. “A minha exposição fala de afetos, afetos amorosos. Porque temos vários tipos de afetos, mas existem aqueles que estão ligados muito às vivências que no passado tive com a minha família de origem e da atual. Muita coisa de família, muitos quadros relacionados a amigos. Para mim é importante retratar essa coisa prosaica, do dia a dia, da simplicidade, de estar juntos. Eu vim de uma família italiana, as minhas tias eram muito, muito ligadas, a minha casa é muito aberta, então é importante para mim esse grupo de pessoas. Por isso que eu retratei eles nos meus quadros”, relatou.

Familiares e amigas prestigiaram a abertura da Exposição

Todos os trabalhos de Silvana são acompanhados de textos curatoriais e individuais e disponibilizados em braile.

Silvana com a prima Maria Izabel Ghedin, "a Bel".Na noite de encontros e reencontros, de laços e abraços afetivos. A artista recebeu familiares, amigas e o seu professor de Química dos tempos do Colégio Marista e ex-docente da Unesc, José Humberto Francisquez Rodriguez, homenageado da noite e retratado na obra ‘O melhor professor, anos 1970-2017’. Outra personagem que se fez presente foi a prima Maria Izabel Ghedin, protagonista na obra ‘Bel e sua história tragicômica’.

A emoção, para ela, foi ainda maior por estar “em casa”. “Como filha da terra, fiquei muito emocionada. Quando foi selecionada, vibrei, pois, passar uma seleção difícil como esta, sendo avaliada por vários artistas, é algo pelo qual só tenho que agradecer. Exibir minhas obras em Criciúma, minha cidade natal, é mais legal. Considero esta galeria muito democrática, onde passam muitos estudantes e todos vão poder ver os meus trabalhos. Para um artista mostrar sua obra aqui é tudo”, exclamou.

Mais uma exposição de destaque no Espaço

Segundo Amalhene Baesso Reddig, coordenadora do Setor Arte e Cultura, o Espaço chega a 134° exposição em grande estilo. “Neste mês o local completa 22 anos de existência. Realizar editais públicos na Unesc, na linguagem das Artes Visuais, é uma maneira possível de colocar as práticas da Política de Cultura da nossa Universidade”, pontuou.

A pró-reitora de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, Gisele Coelho Lopes, participou da abertura da exposição, representando a reitora Luciane Bisognin Ceretta. “Com certeza é um momento muito especial. Percebi nessas obras uma identidade muito peculiar, em que a artista coloca a sua vida na vitrine e que combinou a sua história com a através do bordado. Algo que me chamou muita atenção foi a sensibilidade de resgatar a memória da sua história. Hoje é muito difícil as pessoas conseguirem construir as suas próprias histórias. Olhar para dentro de si e produzir algo que o outro queira ler, entender a partir da arte. Então vejo que a Unesc conseguiu mais uma vez cumprir o seu papel como universidade comunitária, de atrair uma artista nesse edital, mas também coloca em evidência que investir na arte e na cultura é um mecanismo de transformação”, pontuou.

Benção da Mãe

Filha e mãe relembrando suas histórias.Uma pessoa muito importante em toda a vida da artista fez questão de estar presente, apesar dos seus 87 anos de idade, para abençoar a exposição da filha, foi a dona Teresa Goulart Burigo. “Vim prestigiar ela, que já tinha exposto em Joinville e também em Jaraguá do Sul. Eu não imaginava a riqueza das obras. Muitas delas eu estou dentro da história. Ela trabalha com nossos passeios, principalmente quando saímos de Criciúma para festejar datas importantes em Florianópolis”, comentou.

Segundo a mãe, o bordado sempre fez parte do dia-a-dia da família. “A gente bordava muito, fazíamos tricô a noite assistindo tv, eu acho que ela puxou a mim. Nas minhas lembranças realizamos trabalhos de tricô, crochê, bordado em camiseta, em tapetes. Íamos na Malharia Tayse buscar retalhos, desfiavamos as linhas e inventava várias peças com bordadinhos. É muito orgulho, acredito que transmiti coisas boas para ela” encerrou.

Prestígio de quem faz parte da exposição

Professor Francisquez homenageado pela sua aluna.O homenageado da noite de lançamento, carinhosamente chamado como professor Francisquez, reviveu seus tempos de corredores na Universidade, após nove anos da sua aposentadoria, em 2013. A homenagem da artista, o incluindo em suas obras, o deixou muito orgulhoso e feliz. “É uma emoção, é o reconhecimento de uma semente que deu fruto. É uma honra hoje ser lembrado por uma das artistas catarinenses que percorre o Estado com suas exposições e fazer parte das suas obras é gratificante. Parabéns à Unesc por disponibilizar esses espaços, ampliando horizontes e enfim mostrando histórias de vidas através do caminho das artes”, agradeceu.

Trinta e três anos de Unesc

O professor Francisquez chegou em Criciúma no final do ano de 1972, vindo de Santa Maria/RS, direto da PUC, para trabalhar na Faculdade de Ciência e Educação (Faciecri), mantida pela Fundação Educacional de Criciúma (Fucri). O acaso o trouxe para a ‘Capital do Carvão’. “O emprego era para um amigo de faculdade vir para cá. Mas com a perda da esposa e tendo que cuidar dos filhos, foi impossível a sua transferência domiciliar, então ele me indicou. Fico muito grato aos diretores, ao reitor e a todos os funcionários dessa época, que me acolheram com muito carinho. Isso é uma coisa que a gente não esquece”, relembrou.

Aberto para visitação

O Espaço “Toque de Arte”, está localizado no hall do Bloco Administrativo no campus e a visitação poderá ocorrer de 2 de agosto a 17 de setembro, sendo que as escolas e instituições poderão agendar “mediação cultural” sobre a exposição, pelo e-mail: cultura@unesc.net ou pelo telefone 48 34312622.

 

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