A Unesc foi sede de Seminário Regional do Observatório Catarinense das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) com a participação de cerca de 70 gestores municipais da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec). O evento abriu a programação preparada pela instituição e conta ainda com palestras sobre os desafios e as oportunidades no território, experiências exitosas no campo das PICS, temas como plantas medicinais, auriculoterapia, acupuntura, reiki, aromaterapia, ventosa e moxabustão.
A Universidade faz parte núcleo regional avançado do Observatório Catarinense de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (Oc-PICS), vinculado à Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc / Oeste) em parceria com a Universidade Federal da Fronteira do Sul (UFFS) e a Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc).
Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece de forma integral e gratuita, 29 procedimentos de PICS à população. Os atendimentos começam na Atenção Básica, principal porta de entrada para o SUS. Dentre eles, a acupuntura, o reiki, aromaterapia, constelação familiar, homeopatia, cromoterapia, musicoterapia, fitoterapia, entre outros.
Conforme a coordenadora da área da Saúde da Unesc Graziela Amboni, que também estava presente na abertura da jornada, a práticas têm representado melhora na qualidade de vida das pessoas. “Ficamos muitos felizes em saber que podemos juntos com o Observatório, estar trazendo novos resultados com relação a expansão das PICS. Práticas alternativas de qualidade de vida é tudo que precisamos para uma saúde integral. Entendemos que juntos buscaremos um mundo com uma qualidade de vida melhor e uma saúde integral para todos”, destacou.
“Hoje é o primeiro encontro com esse Seminário”, complementou a coordenadora do curso de Farmácia da Unesc, Silvia Dal Bó, que falou da importância da Universidade nesse processo de crescimento. Silvia também apresentou exemplos de experiências exitosas no campo das PICS ocorridos em alguns municípios da região. “Nosso papel, neste momento, enquanto Universidade, é auxiliar nas pesquisas e em evidências científicas, além da publicação da pesquisa. Precisamos interiorizar o conhecimento. Por isso, a importância da participação do Observatório junto às entidades e órgãos governamentais para o plano de implantação das PICs nos municípios, ou seja, potencializar ainda mais esses serviços e sensibilizar gestores públicos de outros municípios para aderirem também às PICS dentro das suas atividades da saúde básicas”, salientou.
A coordenadora do curso de pós-graduação em Acupuntura da Universidade, Flávia Rigo mencionou que esse é um momento muito importante para a região como troca de experiências e conhecimentos. “Isso mostra como estamos abertos a novas possibilidades de tratamentos, novos conhecimentos e estamos muito engajados. Acredito que essa é uma maneira de cuidar do nosso cuidador, do nosso trabalhador”, comentou.
Participação dos municípios
O coordenador do Observatório Catarinense, Elvis Roberto Giacomim, enfatizou que é importante a participação das cidades para a evolução das PICS. “O Seminário é uma das ações do Observatório e serve para sensibilizar as cidades na consolidação das atividades”, disse.
Além dos seminários, a ideia é qualificar os profissionais da rede de atenção à saúde em PICS, por meio de capacitação, oficinas, minicursos e rodas de conversas na perspectiva da educação permanente em saúde, além da importância de estabelecer parcerias.
O que são PICS
As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) constituem-se em um conjunto de sistemas de pensamento e utilização de recursos na área da saúde, os quais envolvem abordagens que buscam estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde.
Dentre as situações em que as PICS podem contribuir para a manutenção da saúde estão os problemas de saúde com causas multifatoriais e autolimitados, prevenção e autocuidado e melhoria na qualidade de vida.