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Pesquisadores da Unesc participam de expedição científica de 18 dias em Unidade de Conservação da Fundação Boticário

A equipe do Laboratório de Zoologia e Ecologia de Vertebrados (Labzev) da Unesc realizou no mês de julho uma expedição científica de 18 dias na Reserva Natural Salto Morato, a qual está situada no município de Guaraqueçaba, no litoral norte do estado do Paraná. A atividade teve como objetivo estudar a fauna de morcegos da Reserva, a qual faz parte de um projeto de pesquisa financiado pela Fundação Boticário.

Quem liderou o grupo de estudantes nos dias de intenso trabalho foi o coordenador do Laboratório, Fernando Carvalho. Segundo o professor, esse é um projeto de longo prazo, no qual serão realizadas amostragens no decorrer de seis anos e a previsão de término desta edição é 2024. “Buscamos conhecer quais as espécies de morcegos ocorrem na Reserva e se há mudança na composição da fauna ao longo dos anos. Até o momento já temos 1.170 capturas de 30 espécies de morcegos. Os dados coletados por nossa equipe, além de serem publicados em artigos científicos, contribuem também com a gestão e manejo da Reserva Natural Salto Morato”, explica.

Conforme o coordenador, a pesquisa já é realizada desde o ano de 2019, sendo essa a quarta expedição de campo. Para a captura dos morcegos são instaladas a cada noite dez redes, as quais permanecem abertas das 18h até a meia noite. Durante esse período os pesquisadores revisam as redes a cada 20 minutos e todos os morcegos capturados são analisados, sendo feita a identificação da espécie, observação do sexo, estado reprodutivo, obtidas informações sobre tamanho e peso, coletadas amostras de fezes e de ectoparasitos e por fim, realizada a marcação com uma anilha metálica.

O Labzev da Unesc é atualmente o único laboratório de pesquisa que trabalha com foco em morcegos na Reserva e que para isso, conta com apoio logístico e financeiro da Fundação Boticário. Além de viabilizar a compra de equipamentos, o Boticário é responsável por destinar bolsas de estudos aos acadêmicos participantes do projeto. “Temos um enorme orgulho e responsabilidade em realizar essa pesquisa. Isso porque, dado o cenário alarmante de degradação da Mata Atlântica, os dados coletados por nós podem auxiliar em ações de conservação da fauna de morcegos deste rico ambiente”, destaca.

Conforme o professor, a Fundação Boticário é uma das principais fundações de apoio e conservação da Biodiversidade brasileira. “Além disso, ela mantém atualmente duas Unidades de Conservação (RPPNs), dentre elas a Reserva Natural Salto Morato, as quais visam única e exclusivamente a conservação dos ambientes e da fauna e flora associadas. Como pesquisadores, ter a oportunidade de participar de projetos e ações que auxiliem a conservação dos morcegos e claro, da Mata Atlântica é um prazer muito grande”, completa.

O Laboratório de Zoologia e Ecologia de Vertebrados tem trabalho integrado ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA) e ao curso de Ciências Biológicas da Unesc.

O espaço de pesquisa

A Reserva Natural Salto Morato está localizada em Guaraqueçaba, litoral norte do Paraná. Reconhecida pela Unesco como Patrimônio Natural da Humanidade, ela está inserida no maior remanescente contínuo de Mata Atlântica do Brasil, contribuindo para a conservação desse bioma em que vive mais de 70% da população brasileira.

Desde 1994, a Fundação Boticário contribui para a conservação de 2.253 hectares desse bioma, ajudando a preservar espécies que existem apenas ali, várias delas ameaçadas de extinção. Aberta à visitação, a Reserva possui uma biodiversidade sem igual. Essa área atrai pesquisadores e observadores de aves, além de turistas de diversos estados e países.

Entre os principais atrativos para visitação estão a cachoeira de quase 100 metros de altura, que dá nome à Reserva, e uma figueira centenária, que forma uma ponte-viva sobre o rio do Engenho.

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