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Professores e gestores da Unesc se reúnem em Formação Continuada

Os desafios da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão foram temática central, na noite desta segunda-feira (22/2), do evento de abertura oficial da Formação Continuada de Docentes da Unesc. O debate da noite, mediado pela reitora da Universidade, Luciane Ceretta, contou com o compartilhamento de conhecimento por meio dos convidados Aristides Cimadon, reitor da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), presidente da Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe) e Conselheiro do Conselho Nacional de Educação e Ney José Lazzari, reitor da Universidade do Vale do Taquari (Univates) e representante da Associação Brasileira das Universidades Comunitárias (Abruc).

Para Luciane, o resultado da explanação dos colegas foi uma rica proposta de reflexão acerca do ensino universitário e tudo o que o envolve. “Os colegas reitores trouxeram ricas falas. Foram esclarecedoras e portadoras de mensagens que nos convocam a refletir sobre o papel das Universidade Comunitárias, seus grandes desafios daqui para frente, as perspectivas e ameaças que precisam ser consideradas”, comentou.

Em agradecimento aos mais de 1.700 professores da Universidade a reitora destacou inúmeros desafios encarados e vencidos pelo grupo, não só nos últimos meses de pandemia, mas nos anos de trabalho da atual gestão e das gestões que antecederam. A chegada de um novo ano, conforme Luciane, traz na bagagem as experiências já somadas em 2020, mas ainda os desafios a serem enfrentados a partir de agora, ainda em tempo de pandemia.

Diante dos obstáculos já vencidos e todo caminho a ser trilhado, de acordo com a reitora, há a necessidade de reflexão e reforço daqui que as Universidades Comunitárias trazem como missão e o evento levanta como temática: a indissociabilidade das três dimensões universitárias. “O assegurar da interlocução, do ensino, da pesquisa e da extensão, reforça o nosso projeto de Universidade Comunitária, motivo pelo qual essa semana de Formação Continuada abordará justamente esse tema e buscará promover reflexões do lugar que cada um de nós ocupa na busca de possibilidades de implementar essa indissociabilidade. Assim, ao mesmo tempo, estamos fortalecendo, protegendo e defendendo nossas universidades Comunitárias”, afirmou Luciane.

O momento de qualificação e a dedicação ao tema proposto pela Universidade, para o vice-reitor, Daniel Ribeiro Preve, fazem parte do dever de cada um como professor. “Nosso compromisso perpassa por uma formação continuada e permanente. Que não seja pontual ou residual, mas dinâmica e direcionada para o desenvolvimento pessoal e profissional do docente. Uma formação que nos instrumentalize pedagogicamente para atendermos as necessidades de aprendizagem de nossos estudantes, principalmente nestes momentos de desafios e adversidades impostos pela pandemia. Precisamos, ainda mais, que nossas práticas pedagógicas possibilitem o acesso e a permanência com qualidade social e sucesso acadêmico para os nossos estudantes”, acrescentou.

 

Perspectivas positivas e novidades da Universidade

As boas-vindas da pró-reitora Acadêmica da Universidade, Indianara Reynaud Toreti, foram deixadas em tom de otimismo aos colegas professores. Conforme Indianara, o semestre está sendo iniciado com novidades e perspectivas positivas. “Depois de um ano difícil conseguimos, por exemplo, retomar os investimentos institucionais em editais de Pesquisa e Extensão. Estamos em meio ao processo de seleção de novos projetos. Logo mais lançaremos edital para grupos de pesquisa. Na Extensão iniciamos o ano com a implantação do Território Paulo Freire II, que abarca as regiões dos bairros Pinheirinho e Universitário, o que amplia nosso território de atuação. Todas essas e outras notícias fazem parte de um cenário de otimismo, mesmo em meio a desafios, é claro”, pontuou.

Entre as novidades citadas e detalhadas pela pró-reitora estiveram a reestruturação do Ambiente Virtual de Aprendizado e a ampliar da atuação nos cursos de pós-graduação latu sensu. “As pró-reitoras de Planejamento e Desenvolvimento e Acadêmica estudaram possibilidades e caminhos a adotar para que pudesse atuar com cursos de pós-graduação latu senso EAD, já que é uma área que ainda não temos experiência adquirida. Nós encontramos essa possibilidade com a Uol EdTech, parceria que será lançada oficialmente em breve e que nos acrescenta o conhecimento tecnológico que a Uol já tem com esse desenvolvimento há muitos anos”, dividiu com os colegas.

 

Diversidade e pluralidade entre o corpo docente

O Diretor de Ensino de Graduação, Marcelo Feldhaus, levou uma reflexão aos colegas expectadores a partir de uma da artista Rivane Maciel Guimarães. A imagem, conforme Marcelo, representa a diversidade e pluralidade e faz uma metáfora com o processo de formação continuada. “Podemos estabelecer uma relação com a diversidade de professoras e professores que temos na Unesc. Diversidade de concepções e correntes teóricas, diversidades que constituem a formação de cada um nos tempos e espaços que nos constroem docentes universitários. É um convite a pensar que na Universidade somos múltiplos, diferentes, mas movidos por um objetivo, um ensino, uma pesquisa e uma extensão de excelência”, destacou.

 

Reflexões promovidas

Na transmissão realizada ao vivo pelo canal da Unesc TV no YouTube centenas de professores acompanharam atentamente as falas dos convidados reitores Ney José Lazzari e Aristides Cimadon. Ambos tiveram espaço aberto para abordarem suas perspectivas acerca do cenário atual, desafios e possibilidades no que diz respeito ao universo do ensino, da pesquisa e da extensão dentro das instituições comunitárias.

Entre falas e dados apresentados, Aristides levantou a preocupação sobre o tratamento da educação como produto. “A gente entende que a educação não pode ser mercadoria, negócio. Ela tem que ser um instrumento de desenvolvimento de uma nação. Mas ela vem se manifestando de uma forma muito intensa como um negócio aqui no Brasil. Está aí. De que forma vamos enfrentar isso? Sendo iguais a instituições que a tratam assim? Sendo diferentes, até quando vamos aguentar?”, indagou aos colegas.

As pontuações do reitor giraram ainda em torno de cinco discussões que acontecem e que interferem no trabalho das instituições. Conforme levantado por Aristides os pontos principais são: as mudanças de modelo organizacional; a significativa reestruturação do sistema; o surgimento de instituições mais especializadas; a crescente profissionalização e inovação na gestão e o surgimento de instituições concorrentes e empresas certificadas.

Ao complementar a fala do colega, Ney reiterou a importância das Universidades Comunitárias e seus indiscutíveis papéis na sociedade. “Somos motores do desenvolvimento regional, provocadores de iniciativas. Nós temos a ferramentas para fazer isso”, sinalizou.

O ensino universitário brasileiro, que, conforme o reitor, conta atualmente com aproximadamente oito milhões de estudantes, sofrerá mudanças imediatas. “Com toda a certeza o presencial pós-pandemia não vai ser a mesma coisa. Terá uma tendência dos alunos pedirem cada vez mais uma interação virtual. Assim como, o EAD que temos hoje, aquele de promoção, também não vai se sustentar. Tudo isso precisará de um novo modelo, novas formas de se trabalhar a sala de aula, o ensino e a avaliação. Não há resposta para isso ainda, não há nada pronto para que possamos aplicar imediatamente após a pandemia, mas a certeza é de que não será igual”, apostou.

O evento de Formação Continuada de Docentes da Unesc pode ser conferido na íntegra no canal da Unesc TV no YouTube:

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