Para uma melhor experiência neste site, utilize um navegador mais moderno. Clique nas opções abaixo para ir à página de download
Indicamos essas 4 opções:

Ok, estou ciente e quero continuar usando um navegador inferior.
Ensino

A força do professor na excelência acadêmica

A profissão docente sempre foi de grande importância no processo de conhecimento e de socialização. E o incentivo ao trabalho de pesquisa e extensão na busca do desenvolvimento da ciência se torna cada vez mais primordial. Quando um professor também é pesquisador ele agrega, ao seu currículo, a prática e a teoria, além da inovação.

É na pesquisa que um professor nasce e renasce diariamente, na análise de relatórios, nas leituras, nas comparações de dados e nos questionamentos que são construídos perante a profissão. São pontuações importantes para lembrar o papel dos docentes, festejados com a data desta sexta-feira (15/10), o Dia do Professor.

E foi por amar cada detalhe desse universo na busca dos saberes e das inquietações trazidas durante os processos de pesquisa é que a professora doutora Patrícia de Aguiar Amaral, diretora de Pesquisa e Pós-Graduação da Unesc, resolveu entrar para a vida acadêmica. Essa inquietação veio ainda na sua graduação. E foi um professor orientador que a fez olhar para o campo vasto da pesquisa.

Mas para seguir esse processo é muito importante quando a universidade também abre portas para o desenvolvimento de ações práticas, e isso a Unesc tem incentivado e muito. Ela contou que muita coisa que conquistou foi em virtude da gestão da Universidade que sempre acreditou na pesquisa, já que os grandes avanços se dão por meio dela. E por falar em conquista, no meio do seu caminho acadêmico teve também outra realização: ser mãe e, hoje, sua filha Lara, já está com 12 anos.

Para ela, o Dia do Professor não é só o momento de comemoração, mas também de luta, de resistência e resiliência, em decorrência desse cenário político muito difícil. “Tem muita desqualificação do ensino, da ciência, como pudemos ver o embate nas práticas para o combate à Covid, bem diferente do que fez e faz a nossa Universidade, que ouve e acredita na pesquisa. Os exemplos disso foram as ações perante à pandemia. Desde o início, a Universidade, mais uma vez, cuidou da comunidade acadêmica, respeitando o que a ciência indicava, no que diz respeito ao isolamento, distanciamento social, uso de álcool em gel e o cuidado com as pessoas”, comentou ela, que está há 18 anos na Unesc e, carrega em sua bagagem o pós-doutorado na Université de Rennes 1, na França, com o projeto na área de química medicinal. Aliás, a professora doutora é atuante na química medicinal e fitoquímica onde tem uma relação com as plantas medicinais. “Sempre tive muito apoio da gestão e dos meus colegas professores”, enalteceu.

Apoio para as práticas remotas

A diretora enfatizou também os estímulos da profissão, principalmente com a pandemia. “Tivemos a pandemia que está sendo um desafio não só nas questões de trabalho, nas práticas pedagógicas e na formação, mas também na questão do psicológico”, analisou.

Em decorrência disso, conforme a professora Patrícia, as linhas de pesquisa sofreram bastante impacto, tanto no campo quanto no laboratório, já que somos acostumados a estar no coletivo, trocando aprendizados. “Por outro lado, a pesquisa mostrou sua força, não só na transformação, mas na resposta à pandemia”, disse.

Segundo ela, se a Universidade busca e pratica a excelência acadêmica através da prática pedagógica dos professores e pesquisadores. “O professor é muito ligado à sala de aula, ao contato com seus alunos, e durante esse processo na busca pelo conhecimento, nos fez refazer como profissionais. Só que isso se deu pelo apoio da Universidade nas práticas tecnológicas remotas”, reforçou, falando que é grande a sua paixão pela docência e pela pesquisa.

Acesso à Universidade

A professora Patrícia relatou os avanços na busca de uma especialização, e que existem oportunidades que somente a pesquisa pode dar, já que há muita troca de experiências. Ela citou ainda que alunos com especialização em outros países, como a Irlanda, a França, os Estados Unidos, e a América Latina, como exemplo o Chile, estão lá porque existe uma rede de coletividade, gerando oportunidades para os acadêmicos e, consequentemente, motivação e muita evolução.

Essa tecnologia aplicada, de acordo com Patrícia, também tem contribuído e estreitando laços entre docência e aluno, o que ajuda ainda para um encontro on-line, onde muitas vezes tem sido mais fácil para um realinhamento da pesquisa, por exemplo. Sobre a extensão, ela abordou que é o tripé universitário porque sem professor que é o interlocutor, fica difícil o aluno conseguir o conhecimento que veio adquirir.

Bolsas de estudos

Nem todos têm condições de custear seus estudos, seja na graduação ou na pós-graduação, mas as bolsas de estudos servem como desenvolvimento e qualificação do aluno. Cita-se o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), um programa da Unesc e do CNPq que tem como foco principal despertar no acadêmico o interesse pela pesquisa científica e incentivar potenciais entre estudantes de graduação universitária, mediante participação em projetos de pesquisa, orientados por pesquisador qualificado, o Programa de Iniciação Científica do Artigo 170 (PIC) do Governo do Estado e a bolsa Fapesc (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina).

“Hoje passamos de 100 beneficiados com bolsas de mestrado e doutorado somente pela Fapesc”, comemorou a diretora de Pesquisa e Pós-Graduação. “E isso se dá graças aos avanços das linhas de crédito para os bolsistas, e os investimentos que a Unesc tem feito constantemente com fomento e apoio, por meio de bolsas de iniciação científica. Resultado disso:  professores e alunos altamente qualificados”, completou.

Dos bancos da Universidade à inserção no campus

Uma carreira de grande destaque: a de professor. É ele quem conduz o caminho de um aluno para o seu futuro brilhante e cheio de possibilidades. Ingressar na área acadêmica é poder transformar a vida de muita gente. Não é somente transmitir conhecimento, mas ser um agente renovador e referência na formação acadêmica.

Ao longo do tempo, as metodologias aplicadas pelos docentes vêm passando por diversas transformações. E com elas, a incorporação de novos métodos de ensino, na busca incessante de diferentes formas de ensino, de pesquisa e de extensão a serem aplicadas dentro e fora da sala de aula.

Para isso, o professor deve estar aberto para novas possibilidades e conquistas. E se por um lado essa busca pela excelência vem não somente do aluno, mas da Universidade que ele está inserido, certamente o futuro será recheado de novas abrangências e, de certa forma, a consolidação profissional.

Um grande exemplo disso foi da professora doutora da Unesc, Cristiane Damiani Tomasi. Antes de chegar a esse patamar, foi aluna do curso de Enfermagem. Como sua paixão pelo conhecimento era grande, ela não só fez a sua graduação na Unesc, mas ingressou no mestrado e no doutorado na área de Ciências da Saúde e, com isso, construiu a sua carreira dentro do Campus, que lhe proporcionou todos os recursos necessários como bolsa de estudos, estrutura com laboratórios essenciais na formação acadêmica e equipamentos de ponta, além das oportunidades dentro da área de pesquisa.

“Todo o investimento que a Unesc faz transforma a vida das pessoas como transformou a minha. Depois de ser aluna da Unesc, passei a ser professora, o que que já soma sete anos. Hoje, estar no Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva foi um sonho. Por isso é tão importante ir em busca do que se almeja. Eu queria muito ser pesquisadora”, contou, informando que isso é fruto do que a Unesc busca: uma relação próxima entre os profissionais e os acadêmicos, contribuindo e muito para um futuro promissor.

Hoje, ela dá aulas na graduação, na pós-graduação e realiza atividades de pesquisa e demais projetos dentro da área profissional. “Tentamos equilibrar sempre o tempo e reservando um espaço para a família que é muito importante para recarregarmos as nossas energias, e ofertarmos cada vez mais um trabalho de qualidade”, disse.

Ela lembrou ainda da mudança do papel do professor, que deve estar sempre se reinventando e proporcionando diferentes formas de ensinar.

Perspectivas nas pesquisas para a saúde mental das gestantes

A professora doutora, que é tutora do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica, Saúde Coletiva e Saúde da Família, adiantou alguns rumos da pesquisa, principalmente em virtude da pandemia. Exemplo disso é a perspectiva de uma pesquisa voltada à saúde mental das gestantes, no município de Criciúma, que será protagonizada pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSCol) para o próximo ano.

Outro projeto que também foi desenvolvido, por meio de uma parceria entre instituições da Inglaterra e do Brasil, é o Mentalkit. A iniciativa da London School of Economics and Political Sciences (Escola de Economia e Ciência Política de Londres) tem as participações da Universidade Federal de Alagoas e da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul.

O objetivo é melhorar o sistema público de saúde no Brasil na área de assistência à saúde mental de crianças e adolescentes. É a partir de um entendimento do que acontece com essa população que pode se definir quais as intervenções que são importantes para a saúde mental, deles, quais os investimentos feitos e se o que é feito está dando resultado. Para isso são disponibilizados um website e/ou um aplicativo, de maneira pública. Para Cristiane, ser professor pesquisador é gratificante, principalmente, quando se vê aquela pesquisa sendo publicada ou aquele material utilizado servindo de apoio para outras pessoas.

“O objetivo da pesquisa é caminhar junto à comunidade, um coletivo, e impactando diretamente na vida das pessoas”, finalizou, destacando ainda dois professores que são suas inspirações: a reitora Luciane Bisognin Ceretta e o professor doutor Felipe Dal Pizzol, que foi seu orientador.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *