Os projetos desenvolvidos por pesquisadores e estudantes de graduação e pós da Unesc tiveram espaço na programação alusiva aos 52 anos da Universidade. Na tarde desta sexta-feira (26/6), um grupo de professores da área de engenharias e tecnologias apresentaram alguns dos tantos projetos realizados na Unesc, especialmente nos laboratórios do Parque Científico e Tecnológico (Iparque).
O webinar “Projetos inovadores para o desenvolvimento: A experiência das engenharias e tecnologias da Unesc”, contou com a presença da pró-reitora Acadêmica, Indianara Reynaud Toreti e dos pesquisadores Ângela Piccinini (Engenharia Civil), Adilson Oliveira da Silva (Engenharia Mecânica), Oscar Montedo (Programa de Pós-Graduação em Ciências e Engenharia de Materiais), Michael Peterson (Engenharia Química), João Rieth (Design) e Luciano Antunes (Ciência da Computação).
A área de engenharias e tecnologias da nossa Universidade possui várias iniciativas e experiências inovadoras e este é com certeza, um importante momento para que mais pessoas conheçam essas pesquisas, que têm encontrando soluções inovadoras para os problemas reais da nossa região, afirma Indianara.
Ecoeficiência
Iniciando as apresentações, a professora Ângela Piccinini mostrou o resultado de uma pesquisa desenvolvida por ela sobre a produção de um concreto ecoeficiente que fosse também alinhado à realidade brasileira e tivesse um custo reduzido, assim como menor impacto ambiental.
Ainda com um viés ambiental, foram apresentadas mais pesquisas. O professor Adilson Oliveira da Silva, levou informações aos espectadores sobre o Projeto Pozolana, desenvolvido na Unesc de 2016 a 2017 para o processo de transformação de rejeitos da indústria de beneficiamento de carvão mineral em pozolana, um material capaz de aglomerar na presença de cal e água e formar peças rígidas capazes de se sustentar e ser utilizada na construção.
Também no setor de mineração, o professor Michael Peterson apresentou alguns projetos desenvolvidos pelo Laboratório de Reatores e Processos Industriais (LabRePi), como o projeto selecionado no edital de chamada pública da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc). A pesquisa é sobre desenvolvimento de semicondutores e quantum dots a partir dos rejeitos do carvão mineral para a confecção de células fotovoltaicas.
Parceria com setor industrial
O pesquisador Oscar Montedo trouxe o projeto para o desenvolvimento do processo de selagem da superfície de porcelanato técnico polido para o aumento da resistência ao manchamento. O processo de polimento do porcelanato expõem poros internos que não tinham contato com a superfície e esse poros ficam suscetíveis a preenchimento por sujeira, o que leva ao manchamento do material. Então tivemos como desafio reduzir a capacidade de penetração de sujeira. Com o método proposto, com o uso da frita em vez da resina que é usada atualmente, foi possível selar permanentemente os poros responsáveis pelo manchamento, conferindo uma maior resistência ao manchamento que no método atual.
Já o professor João Rieth, apresentou projetos que o curso de Design – ênfase em Projeto de Produtos desenvolveu ou está desenvolvendo em parceria com empresas, entidades e cooperativas da região, como o Talentos Ceusa. “São projetos que mostram a confiança no conhecimento que nossos alunos recebem e na qualidade da Universidade”.