Em noite de muita emoção e que marca a consolidação do intercâmbio educacional entre a Unesc e Angola, 43 graduados receberam suas diplomações em evento festivo realizado neste sábado (25/02), nas dependências da AM Master Hall. Com isso, os mercados de trabalho brasileiro e angolano recebem novos profissionais altamente capacitados para o exercício da profissão de Biomédicos, Enfermeiros e Farmacêuticos.
A pró-reitora de Ensino, Graziela Amboni, representando a reitora Luciane Bisognin Ceretta, presidiu a cerimônia de Colação de Grau. Em seu pronunciamento, a professora destacou que as graduadas e graduados são a principal mola propulsora para a comemoração dos 55 anos anos da Unesc e deu um conselho aos formandos.
“Hoje a vitória é de vocês, dos pais, dos professores e da nossa Universidade que mais uma vez cumpre o seu papel social de dispor à sociedade novos profissionais altamente qualificados. Vocês escolheram suas profissões e a profissão nunca se impõe, mas se elege, se escolhe. Então, procurem exercê-la da melhor forma possível, com ética e responsabilidade. O conhecimento, a instrução, a formação técnica e humana são as condições que lhes permitem exercer a profissão, mas o seu êxito somente será alcançado com muita dedicação e compromisso. Tenho plena convicção de que vocês estão aqui hoje porque estão preparados para seguir em frente. E são vocês que estarão definindo seus rumos, seus destinos. São vocês que estarão transformando sonhos em possibilidades e possibilidades em realidade”, aconselhou.
A homenageada e paraninfa dos diplomados da noite, professora Flávia Karine Rigo, ao se dirigir aos seus apadrinhados, ressaltou a importância do momento da formatura, do encerramento de um ciclo. “A vida é feita de momentos e esse é, sem dúvida, um dos mais importantes da vida de vocês e da minha, tenham certeza. Meus queridos, tudo começa com o sonho. Nós somos sonhos e é necessário que assim o sejamos para que a realidade se transforme. Jamais esqueçam de sonhar, utilizem o sonho como fonte contínua de garra e de luta em busca de uma evolução constante. Vocês estão aqui hoje por que sonharam e, mais lindo que isso, sonharam juntos, com muitos outros, de perto ou de longe, felizes por suas conquistas. Vocês se tornam hoje, profissionais da saúde. E ser um profissional dessa área exige responsabilidade, exige que tenhamos sensibilidade para decifrar os olhos que gritam e as palavras mudas que exalam sofrimento e acima de tudo que tenhamos humanidade. Sigam em paz e com coração cheio de amor!”, agradeceu.
Para demonstrar a importância do momento, a realização de um sonho, e a conquista do diploma, a turma escolheu duas oradoras para expressarem seus sentimentos e os agradecimentos, pela conclusão de mais uma etapa na vida de cada um. A duas vozes, as graduadas Adriele Vicente Figueiredo e Rafaela de Souza deixaram o seguinte recado aos presentes. “Hoje, é um dia que foi muito planejado, sonhado e esperado por todos nós. O dia que demonstra que toda nossa dedicação, nossos choros, anseios e alegrias durante os anos da graduação, valeram a pena. Uma alegria ainda mais especial por saber que, em meio à graduação, conseguimos enfrentar uma pandemia a qual nunca imaginávamos presenciar. Nesta noite, o sentimento que nos invade é o de gratidão, por termos tido tantos momentos especiais que nos moldaram e nos tornaram pessoas e profissionais melhores”, destacaram.
Reconhecimento do Coren
O Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina, representado pela enfermeira Daniela Maçaneiro, homenageou a graduada Rafaela de Souza Sávio com uma medalha e um certificado pelo seu destaque no desempenho durante todo o curso, obtendo a média 9,8.
Angolanos
Quarteto angolano: Candida Maristela Chicambi Pinto, Filipe André Bába, Isabel Bernize da Cruz Monteiro e Alda Leonilde Mariano Constantino
Um momento que vai ficar marcado na memória de quatro angolanos que deixaram suas famílias para a realização de um sonho. Três mulheres e um homem, atravessaram o oceano atlântico sul, percorreram aproximadamente 7 mil quilômetros e residiram no Brasil por 1.825 dias para conquistarem, neste período, o diploma do curso de Enfermagem da Unesc.
Hoje eles participaram da colação de grau e receberam a benção de seus pais, familiares e amigos que estiveram testemunhando o acontecimento. De Luanda, capital de Angola, oito pessoas se fizeram presentes nesta cerimônia festiva.
Em nome dos angolanos, a graduada Alda Leonilde Mariano Constantino, falou como foi a experiência de morar no Brasil e estudar na Unesc. “Foi uma experiência muito, mas muito difícil. Estávamos longe da família, dos amigos e viemos para um país que a gente não conhecia. Mas fomos bem recebidos e a perseverança também nos fez chegar até aqui. Para nós, a palavra é gratidão pelos professores da Universidade, por nos acompanharem durante esse tempo todo de caminhada, porque graças a eles a gente conseguiu chegar até aqui, porque foi muito auxílio, muita perseverança. Só Deus para iluminar a vida deles, obrigada. Agora voltamos para Angola e vamos mostrar o que a gente aprendeu aqui, dando o nosso nosso melhor com certeza. Vamos trabalhar lá em Luanda, e agradecer a Unesc porque o curso de Enfermagem daqui é diferenciado, muito diferenciado”, ressaltou.
Família
Quando os quatro angolanos chegaram aqui, eram desconhecidos um ao outro, mas a convivência na Universidade, a identificação cultural e a saudades de casa, os aproximaram, tornando-os grandes amigos. Felipe e Cândida se encontraram na sala de aula e hoje formam uma família, com a chegada da primogênita Cecília.
