Para comemorar e enaltecer a cultura dos povos nativos de Santa Catarina e do Brasil, o Museu da Infância – Espaço Expositivo 1 “Infâncias e Culturas Escolares/O Brinquedo e a Rua”, recebe a exposição “O Tempo Está Virando…”. Composta por objetos da cultura indígena dos Guaranis e Kaingangs pertencentes ao acervo do Museu, a exposição estará disponível no espaço localizado no Bloco da Reitoria e Biblioteca. A mostra faz parte da V Semana Indígena, que tem como tema este ano: “Literatura Indígena, Educação e Mudanças Climáticas”, que será realizada na Unesc em três momentos distintos nos meses de abril, maio e junho.
A Biblioteca Professor Eurico Back, parceira na exposição, selecionou livros de literatura infantil com a temática e estes estarão em exposição como sugestão de leituras sobre o assunto. Em uma das vitrines da exposição será disponibilizado objetos do acervo pessoal do professor João Batanolli, todos da cultura M’Byá-Guarani. A professora e artista, da Universidade Estadual de Santa Catarina (UDESC – Florianópolis), Virginia Yunes, também contribui com a exposição com inúmeras fotografias, de sua autoria, de crianças indígenas brasileiras.
Para a professora e coordenadora do Museu da Infância, Amalhene Baesso Reddig, recepcionar a temática indígena sempre foi de grande relevância. “Nesta exposição “O Tempo Está Virando…” , a ideia é possibilitar o conhecimento e apreciação do público através de utensílios musicais da cultura indígena. Pensamos nos muitos problemas climáticos existentes, decorrentes da ação do homem contra a natureza e, ao mesmo tempo, acreditamos no poder da educação museal para despertar nos visitantes a conscientização necessária”, explicou.
A exposição fica aberta para visitação até o dia 30 de junho, das 8h às 22h. O agendamento de visitas com mediações culturais deve ser realizado pelo e-mail: museudainfancia@unesc.net.
Pau de Chuva
Um dos objetos que chama atenção na exposição é o “Pau de Chuva”, instrumento musical indígena, de percussão e ritmos imprecisos, cujo nome foi dado por lembrar o som do cair da chuva. O aparelho é utilizado com frequência em cerimônias religiosas, rituais com ritmos musicais populares e harmonia com outros instrumentos, como o mambo.
O pau de chuva é um instrumento idiofônico, que produz o próprio som. É composto por um material longo e oco, como a madeira. Construído com pregos ou palitos que são fixados no seu interior. Por dentro, tem sementes que, ao movimentarem-se, criam ruídos semelhantes ao som da chuva.
