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Reúso da Água é tema da última capacitação do Comitê Tubarão e Complexo Lagunar em 2024

Evento, por meio de videoconferência, contou com palestrantes de Santa Catarina, Bahia e Rio Grande do Sul, para despertar atenção sobre a importância do reaproveitamento dos recursos hídricos. (Foto: Divulgação)

A água afeta a vida de todos os cidadãos do Planeta Terra e saber preservar e conservar este bem natural é o primeiro passo para mudar as ações do homem. Com o intuito de despertar a atenção nos membros e participantes sobre as formas de reaproveitamento dos recursos hídricos, o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão, do Complexo Lagunar e Bacias Contíguas promoveu nessa terça-feira, dia 22, sua última capacitação de 2024. Na oportunidade, quatro palestrantes trouxeram conhecimentos sobre o Reúso da Água, sendo dois de Santa Catarina, um da Bahia e um do Rio Grande do Sul.

A formação contou com a participação de mais de 50 pessoas e diferentes abordagens sobre a importância do cuidado com os recursos hídricos. “Precisamos corrigir aquele conceito cultural antigo e equivocado em algumas pessoas, de que os recursos naturais são infinitos. O reúso reduz a demanda sobre mananciais, com a substituição da água potável natural por uma água reutilizada. Água é vida e precisamos cuidar mais dos nossos recursos hídricos. Desta forma, com este evento, esperamos avançar na conscientização e prática do reúso de águas, em benefício dos recursos hídricos”, reforçou o presidente do Comitê Tubarão e Complexo Lagunar, Woimer José Back.

A capacitação começou com o professor da Universidade de Caxias do Sul (UCS/RS), Lademir Luiz Beal, que trouxe cases de países que utilizam o reúso da água, com o objetivo de incentivar a adoção de práticas semelhantes no Brasil, visto que as mudanças climáticas mostram que as reservas de água doce no país vêm mudando. Ele também destacou que há legislação sobre o tema no Brasil e tecnologias apropriadas e é preciso avançar no sentido de promover efetivamente o reúso de água, superando preconceitos e falta de informação.

O segundo palestrante, o técnico agrícola, biólogo e colaborador do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada da Bahia (IRPAA/BA), Wermerson Cardoso Silva Matos, abordou sobre os impactos do reúso na área agrícola, em região do semiárido nordestino, onde a água é escassa para diversos fins, ao debater sobre o “Sistema de tratamento de esgoto e reúso agrícola: uma contribuição ao saneamento básico rural”. A tecnologia apresentada pode ser replicada em diversos locais com escassez hídrica e onde a população não tem acesso a sistemas de tratamentos coletivo de esgoto.

Estudos de caso na bacia

No terceiro momento da capacitação, o químico industrial do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAMAE) de Orleans, Rossano Umberto Comelli, exibiu casos de reúso da água que implantou em trabalhos na cidade, abordando o tema “Reúso do efluente tratado: Estudos de Caso na Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão e Complexo Lagunar”.

Um dos exemplos apresentados diz respeito aos efluentes domésticos, em que a sobra do tratamento da água serve tanto de fertilizante quanto para a irrigação. “Utilizamos uma parte do lodo para plantio de eucalipto, por exemplo. E em um segundo caso, uma lavanderia de caminhões estava liberando o efluente utilizado na lavagem diretamente no meio ambiente. Com nosso auxílio, foi possível reutilizar 80% a 90% da água de retorno na limpeza dos caminhões”, explicou o químico.

Reúso da Água nos eventos hidrológicos

O último a contribuir, com o tema “Estratégias e tecnologias para o Reúso da Água na indústria”, foi o tecnólogo em Gestão Ambiental e especialista em serviços tecnológicos, Bruno Alberto Haas, que é consultor técnico do Instituto Senai de Tecnologia Ambiental. Para o palestrante, o reúso de água é de suma importância diante da intensificação dos eventos hidrológicos extremos, como secas prolongadas e cheias inesperadas.

“Esses eventos estão se tornando cada vez mais frequentes devido às mudanças climáticas, pressionando ainda mais pela disponibilidade de água em diversas regiões. Portanto, organizações de todos os setores, sejam públicas ou privadas, precisam incorporar práticas de reúso de água em suas estratégias operacionais. Abordar este tema reforçou a notoriedade de garantia da resiliência hídrica, da redução dos custos operacionais e dos riscos ambientais, contribuindo assim para a sustentabilidade de longo prazo”, frisa Haas.

Outra estratégia que comentou com os presentes foi o impacto que o reúso da água causa na sociedade local. “Ao reduzir a demanda sobre fontes hídricas naturais, o reúso de água ajuda a preservar os recursos disponíveis para outros usos essenciais, como o abastecimento doméstico e a agricultura. Isso é especialmente importante em regiões onde a escassez de água é uma realidade crescente. Além disso, a adoção de práticas de reúso pode diminuir a carga de poluentes lançados nos corpos d’água, melhorando a qualidade ambiental e a saúde pública”, avalia o consultor técnico do Instituto Senai de Tecnologia Ambiental.

Texto: Monique Amboni/Colaboração

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