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Arte e Cultura

“O tempo voa e quem não voa com ele se atrasa”, exposição movimenta a Sala Edi Balod

Projeto inclui circuito em cidades de Santa Catarina, conversas e material educativo. (Foto Luana Callai)

Caixas de frutas, bilhetes de mega-sena, toalhas de mesa, o cotidiano do interior e sua Universalidade compõem as obras e os espaços da exposição O tempo voa e quem não voa com ele se atrasa, de Lucas Speranza, o Cenora, que irá circular por Criciúma, Itajaí e Lages, tendo já passado por Joaçaba. Realizada pela Ombu produção, com curadoria de Gabi Bresola, a exposição abrirá na Sala Eli Balod, na Unesc em Criciúma, no dia 3 de junho, às 19h30, com uma conversa entre o artista e o público.

Lucas Speranza vive em Lages e é um expoente das artes visuais na região serrana. Filho de agricultores que trabalham com varejo de frutas, criou seu ateliê atrás da frutaria, o popular sacolão. Os elementos desse comércio, caso das caixas plásticas coletadas com palavras escritas como “Goya”, “Horta e arte” e “Speranza”, enxergadas como blocos de cor, tornam-se parte das obras e da montagem da exposição.

O título “O tempo voa e quem não voa com ele se atrasa” veio de uma frase no parachoque de um caminhão que abastece a frutaria e remete à outra temática do artista, a relação com o tempo das cidades do interior e das capitais, a vulnerabilidade das pinturas e seus suportes. Em 2023 o artista realizou sua primeira exposição individual em Florianópolis, com o mesmo nome e parte das obras, que agora está circulando pelas quatro cidades, possibilitando a difusão da produção do artista e o diálogo com artistas de outras regiões, principalmente em Criciúma, já que a exposição acontece atrelada ao contexto acadêmico das Artes Visuais.

A exposição reúne mais de 18 obras, entre telas e composições pictóricas, com cenas de pessoas passando na rua, suas subjetividades e afazeres, a natureza e as memórias pessoais na forma do boi e dos passarinhos, as linhas das cercas delimitando o espaço rural, o facão na cintura, o tema do Contestado.

Os materiais usados incluem a clássica toalha de mesa quadriculada e os efêmeros bilhetes de loteria, numa busca por sofisticar e dar novo significado a coisas simples. O trabalho tem ainda relação com o comércio, a própria frutaria, a loja de tecidos, a lotérica e seus bilhetes para tentar a sorte e a formação do artista em química, que se traduz em experimentações com materiais e suportes diversos, e o auxilia a organizar suas ideias na linguagem do campo pictórico.

O projeto inclui conversas com convidados nas aberturas nos lançamentos, uma publicação digital, um audiobook do artista acessível para pessoas cegas ou com baixa visão e material educativo que pode ser impresso em escolas. Todos, disponíveis no site ombuproducao.com/otempovoa.

A exposição é uma proposta cultural realizada com recursos do Governo do Estado de Santa Catarina, pela Fundação Catarinense de Cultura [FCC], por meio do Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura – Edição 2023.

Sobre o artista

Lucas Speranza, o Cenora (1998), nasceu e reside em Lages SC. Artista autodidata, é integrante do hoje adormecido coletivo “A Catequese”, com o qual participou e organizou a exposição “Só Pelo Pinhãozinho”, em 2022, vencedora do prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura. Com o grupo, ainda em Lages, realizou em 2021 a exposição/feira O Labirinto, da qual se destaca a expografia construída inteiramente de caixas plásticas. As caixas, junto do tecido de toalha de mesa, são uma marca do trabalho do artista. Em 2023 teve a primeira individual “O Tempo Voa e Quem Não Voa Com Ele Se Atrasa”, com curadoria de Gabi Bresola, exposta no Memorial Meyer Filho em Florianópolis. Ainda no mesmo ano participa e idealiza a coletiva “O Sul São Meus Pais”, com curadoria de babel babel, na Fundação Badesc. No segundo semestre de 2024 vai participar da exposição coletiva do projeto arquipélagos, que tem idealização de Thays Tonin, no Masc. Pesquisa pintura e seus desdobramentos a partir da ideia de composições pictóricas.

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